sábado, 23 de agosto de 2008

SEMANA DE ASSALTOS


Sendo hoje sábado e não tendo tendência para assinalar qualquer facto que manchasse o espírito de quem me costuma ler – de que eu só conheço a quantidade que me é indicada, sem ter o prazer de conhecer os nomes e as características dos meus seguidores -, estava disposto a referir apenas as férias que José Sócrates foi gozar a Espanha, saudando-o pelo facto, na expectativa de que essas suas visitas, para além do descanso que lhe proporcionarão os dias de repouso, lhe poderão proporcionar abrir bem os olhos e constatar aquilo que o País vizinho tem para nos servir de exemplo e, dada a extensão de casos, não vou aqui enunciá-los agora, ainda que em textos anteriores me tenha já referido a diferentes situações de que se poderia aproveitar a experiência dos outros para, com os resultados já conhecidos, tirarmos partido e aplicarmos por cá o que outros têm como experiências aplicadas com êxitos.
Além disso, dado que o nosso primeiro-Ministro faz tanta questão em mostrar a sua amizade pelo colega de Espanha, não lhe ficaria mal se aproveitasse essa circunstância para obter muitos dados que nos seriam da maior utilidade. ,
Por exemplo, essa de termos de esperar sete e mais meses pela carta de condução renovada, quando, em Madrid, esse documentos é renovado no espaço de um quarto de hora, tal anomalia valia a pena aprender como é que o trabalho é ali feito e seguirmos as mesmas pegadas.
As, claro, que Sócrates não se rebaixa a esse ponto. E a nossa independência aljubarrotista não deixa que mostremos a nossa ignorância perante os vizinhos!...
Mas, afinal, apesar de não querer que o blogue de hoje apontasse casos de tristeza que ocorreram no nosso País, não é possível deixar passar a continuação dos assaltos, dos roubos, dos carjakings que parece que escolheram o nosso País como alvo de acontecimentos deste tipo, fazendo com que o nosso País se transformasse naquilo que, é verdade, é costuma acontecer bastante noutros sítios, sobretudo na América do Sul, mas que por cá se trata de uma verdadeira novidade.
Não têm conto as façanhas que ocorreram esta semana, ao ponto de, em plena tarde, ter até sido assaltada uma bomba de gasolina em plena rua Castilho, de Lisboa.
Não nos falta já nada para podermos assustar os turistas que costumam escolher Portugal para sua estância de férias, para não dizermos que nós, os que cá vivemos, andarmos já a andar ultra-cautelosos, a temer que chegue a nossa vez de ser mos assaltados em casa, na rua, no escritório, na loja, mesmo no café. Nem disso de que dispúnhamos, que era uma relativa tranquilidade no que diz respeito à nossa segurança, podemos continuar a gozar. O que nos vale é que cada vez temos menos para ser roubado, e pode ser que o desconsolo dos gatunos em não encontrar valores que mereçam o risco dos assaltos, os faça procurar outras paragens mais frutuosas.
Nós rimo-nos do que se está a pensar. Mas que as autoridades deviam já ter tomado posição para enfrentar a invasão de gatunagem, sobre isso não teremos dúvidas e, já agora, voltar a referir o caso da Justiça que temos e que, essa sim, está a pedir há muito tempo que sejam tomadas providências, se necessário até na Assembleia da República, para podermos dispor dos elementos legais que acabem com a vergonhosa actuação dos nossos tribunais onde, como se sabe, os criminosos não recebem os castigos que merecem e voltam a obter a liberdade logo depois de terem praticado crimes.
O que vale é que o que escrevo se situa num blogue, porque se fosse num órgão de Informação, certamente não sairia a lume. Mas, cala-te boca!...

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