quarta-feira, 23 de julho de 2008

QUEM MATA A BUROCRACIA?


Fala-se tanto de um determinado político português, refere-se bastante aquela personalidade lusitana que dá muito nas vistas pelas sentenças lançadas nos jornais ou proclamadas nas rádios e nas televisões, aponta-se com certa admiração para uma determinada figura que dá respostas aos jornalistas com o ar de ser assim e não haver mais conversas, em resumo, são às centenas os indivíduos que, por qualquer motivo mais saliente, pretende dar mostras de que a sabedoria chegou ali e parou.
Os génios são uma espécie que não falta por estes sítios e que a comunicação social, tão escassa de gente nova para ouvir e ver e também de quem falar, repete, insiste, cansa, reproduz incessantemente fotos, quer novas quer rebuscadas nos arquivos onde não chegam a aquecer lugar.
É isto o Portugal que temos! Repetitivo, chato, a dar-lhe sempre na mesma e a não ter imaginação para novidades. Os próprios jornais, fracos de títulos, parecendo hoje incapazes de resumir em poucas palavras as ideias dos textos produzidos abaixo, não inovam, repetem hoje o tema que tem vindo a ser debatido há dias.
E isto para querer dizer o quê? Pois simplesmente por que não somos capazes de inovar, de ter imaginação para lançar novas pedradas no charco, para criar movimentos, algo de novo e de diferente.
A Imprensa, tal como está a suceder agora às editoras do nosso País, têm-se agrupado sob a protecção de um confortável capital, copiando o que tem sucedido com outros meios de comunicação com peso, para que não se diga que existe diferença quanto ao mundo do futebol, em que se disputam a peso de oiro artistas da bola, ao ponto de os melhores mudarem de sítio... mas tudo continuando na mesma, com falta de imaginação, de novidade, de independência, de amor à camisola.
Daí que, tudo que ocorre neste Portugal dos velhos costumes, se vai mantendo tal como sempre sucedeu ao longo dos tempos. Com Revoluções ou sem elas!
Somos lentos, pegajosos, desconfiados dos outros, mesmo que tenham boas ideias, e assim nos vamos mantendo por mais governos que mudem ali em S. Bento. Uns atrás dos outros.
E querem um exemplo rápido? Pois aí vai:
Sempre foi uma operação demoradíssima, de anos atrás de anos, isso de dar acolhimento familiar a crianças que tão têm progenitores em lares onde existe amor, vontade e meios para prestar educação e encaminhar seres que são vítimas da má sorte desde que nascem. Há 5 anos, mudaram as regras, no sentido de criar facilidades às normas de adopção. Verificou-se, apesar de tudo, alguma melhoria, a julgada conveniente pelos temerosos de darem grandes passos. Mas, a situação mantem-se um pesadelo, quer para a miudagem ansiosa de família quer para os candidatos – e são muitos – a receber no seu ambiente familiar os desejosos de amor.
A malfadada burocracia portuguesa com que se tropeça em todas as áreas de decisão da área oficial, essa gentinha que se continua a manter por aí, por detrás de secretárias que acolhem os “não prestam”, é tudo isso que, desde que este País se fundou tem vindo a gerir as nossas vidas e atrasar, cada vez mais, a ansiada evolução que nos foge a olhos vistos. Sobretuo agora, que há objectivos visíveis.
Perante tamanha mania do “empata”, já estou como aquele que, num rasgo de raiva por ver tudo sempre na mesma, não hesita em largar a sua frase preferida: “mais vale fazer mal, mas fazer, do que não ser muito perfeitinho, não fazendo nada!

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