sábado, 14 de junho de 2008

O QUE HÁ A DIZER!...


Desde que enfiei aqui os últimos textos para marcar presença diária no meu blogue, passaram-se algumas coisas que vale a pena referir. No entanto, tenho consciência de que há que tocar nelas com pinças. Não que tenha medo das consequências. Estou por tudo. Mas o que não me apetece é discutir. Por isso vou debitar e não me vou dar conta dos créditos. Cada um com o seu…
Em primeiro lugar, referir-me-ei às Marchas Populares, mais umas que se celebram em Lisboa e, desde que foram iniciadas quando havia gente que tinha habilidade para estes tipos de festejos - nem me refiro a nomes -, têm vindo, de ano para ano, a baixar de categoria de forma assustadora.
Quanto às que ocorreram na noite do dia 12, basta dizer que os ensaiadores dos cantares bairristas – já nem me preocupo com as chamadas marcações – devem ser completamente surdos. Os “desafinanços” de todos, sem excepção, os gritos deles e delas a querem sobressair do resto do conjunto, a desarmonia completa só serviam de convite a mudar de canal, muito embora duas televisões, à falta de uma, tivessem preenchido os seus tempos de antena com aquela “miséria”. Sim. Não mando dizer por ninguém. Foi um desastre completo. E como nos recordamos dos velhos Leitões de Barros… apesar de tudo!

Ao mesmo tempo, na TVE, assistia-se à inauguração da EXPO de Saragoça, onde compareceu Cavaco Silva para inaugurar o Pavilhão e Portugal. Também para não entrar em quezílias com os que, por tudo e por nada, acham que “de Espanha, nem bom vento nem bom casamento…”, basta que diga o seguinte: qualquer comparação em termos de qualidade de produto televisivo, por longínquos que sejam os temas em causa, qualquer tentativa para dizer que ali só havia arte e bom gosto e aqui foi o que se viu, só serve para… ficarmos mudos!

E o terceiro assunto, este, evidentemente, bem mais difícil de remendo: foi a nega que se verificou na Irlanda no plebiscito que serviu para saber se o povo aceitava ou não o resultado do chamado “Tratado de Lisboa”. Não vou entrar em pormenores, pela extensão do tema e pela obrigação democrática de aceitar o que pretende a maioria, por mais que pensemos que esses mais de 50 por cento fizeram um enorme estrago na caminhada que muitos de nós desejamos que avance, no sentido de unir cada vez mais e melhor a Europa.
É difícil, bem se sabe. Existem interesses que não coincidem. Há os grandes e os pequenos. E, não tapemos a verdade, existem aqueles que estão sempre dispostos a mandar. E que não aceitam que outros façam esses papeis.
Isto, para referir superficialmente uma matéria que nos vai custar a todos nós, europeus, muito cara! Já não bastava o problema que se vai agudizando dos combustíveis…

Quanto a nós, por cá, a decisão tomada por Scolari de deixar a selecção de futebol portuguesa entregue a outras mãos – e até pode ser que venham a ser melhores do que as do brasileiro (eu, quanto a futebol não me atrevo a dar opiniões, porque há por aí uns comentadores televisivos que sabem de tudo, incluindo literatura, política, desporto… seja lá o que for!), essa decisão que apanhou de surpresa todos e até o próprio Eusébio, parece que deixou mais abalados os portugueses do que quaisquer outros acontecimentos que eu pudesse incluir no meu blogue de hoje. Não vale a pena, pois, prosseguir.


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