quinta-feira, 12 de junho de 2008

DESENCANTO...POR ENQUANTO!...

Se eu fosse uma pessoa muito conhecida, dessas que quando saem à rua, todos se voltam para confirmar se é quem parece e que, nos locais mais fechados, como nos centros comerciais, por exemplo, param, fazem um sorriso, procuram meter conversa e até pedem um autógrafo, se eu fosse um desses não sei como me comportaria. Possivelmente mal. Ou bem? Enaltecia o meu ego ou fazia-me sentir desconfortável?
Levanto esta dúvida porque toda a gente assiste às figuras que fazem aqueles para se tornarem personalidades públicas. Não têm no seu activo qualquer feito que os coloque acima da mediania, não se distinguem da generalidade por serem melhores do que os outros mortais, só conseguem dar nas vistas através de excentricidades, dos disparates que dizem, de exibicionismos, sempre, claro, diante das câmaras de televisão e dos fotógrafos das revistas ditas “light”, sempre que os apanham em qualquer manifestação social, onde fazem questão de não faltar.
Essa classe de gente faz tudo para ser notada e, por isso, sente enorme prazer em ser apontada quando está no meio do público. É para isso que se levantam da cama, tarde, porque as noites se prolongam até de madrugada, em tudo que é local de afluência.
Não sei se tenho dó ou se me provoca repugnância esse género de indivíduos, eles ou elas – porque há dos dois sexos -, que é difícil imaginar como vivem e de que vivem, muito embora sejam hábeis em truques de usar roupa emprestada, terem sempre alguém a que se encostam para conseguir alguns favores e sempre vão comendo nos “cocktails” que frequentam. Até há os que dizem que levam atrevidamente os copos para casa!
A mim, deixem-me passar despercebido. É que não fiz nada de jeito para ser famoso, nem mesmo um bom desfalque ou um crime merecedor de ser propagandeado na comunicação social.
Sou, afirmo-o convicto, um Zé-ninguém.



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