terça-feira, 27 de maio de 2008

SHALOM!....


O mundo gira a uma velocidade que nos devia deixar surpreendidos, Sobretudo a nós, que nos preocupamos com todos os fenómenos que se sucedem na existência que arrastamos e que procuramos ir absorvendo, com o máximo de atenção que podemos.. Parece que foi ontem, afirmamos frequentemente perante acontecimentos que já tinham sido superados por outros mais recentes.
Somos, evidentemnte, selectivos. Circunstâncias há que nos marcam mais do que outras. Pormenores acontecem que não desaparecem tão rapidamente da nossa memória. Isso é sabido.
Refiro-me concretamente aos que soferam os efeitos de qualquer guerra, a têm ainda na memória, por exemplo, a da África portuguesa ou, os mais velhos, aqueles que se encontraram no meio do II conflito mundial ou, mesmo fora de cena, como os que sentiram as consequências das carências alimentares como as ocorridas por cá, os custosos racionamentos, tais humanos que sabem o que é passar por um período de dificuldades de diferentes espécies, esses não deixam que se arredem para sempre da memória as sombras de uma época, por mais longínqua que ela já esteja.
Mas muito mundo foi vivido depois disso e começam a pertencer ao número dos raros as pessoas que passaram por tal período de confrontos que começaram na Europa mas que logo se estenderam pelo hemisfério fora. E a perseguição que ocorreu com início no chamado III Reich, com um Adolfo Hitler implacável a exterminar os judeus onde eles estivessem ao alcance do seu poder, nos dias de hoje só é motivo de recordação de uns e, imagine-se, de desmentidos de outros.
Vem isto a propósito e ter acabado de recordar que o Estado de Israel foi criado em Maio de 1948, fez agora 60 anos, isto, apesar de ter sido em 1800 anos A.C.que Abraão partiu rumo a Canaã. E digam lá que o tempo não voa!...
E o curioso é que a nação judaica se vai aguentando, com os seus 700 mil habitantes, grande parte deles sobreviventes do Holocausto e rodeado de vizinhos hostis e outros um pouco mais afastados, mas também declarando-se não amigos, tendo suportado todos os ataques que lhes desferiram os rodeantes e, vale a pena sublinhar, vencendo-os na generalidade, para vergonha dos envolventes.
E, para espanto dos que visitam este Estado de recente nascimento, verifica como o seu povo judeu é culto e vive contente, como a sua produção agrícola é próspera, como são quase autosuficientes economicamente, como têm uma defesa militar que ultrapassa a de muitos países antigos e grandes, como mantêm um regime político de estirpe democrático e, para além disso tudo, que ao longo de 60 anos de vida conseguiram os seus seguidores oito prémios Nobel.
Então isto não chega para assinalar aqui a existência de um povo e de uma Nação que, no meio de toda a escalada de malfeitorias que se sucedem por esse mundo fora, de notícias desagradáveis que só servem para envergonhar os homens de hoje, tem de fazer criar alguma inveja?
Eu, aqui me declaro: não sou judeu. Mas já visitei, por razões profissionais de jornalista, seis vezes Isarel. E passei e dormi em vários kibbutzs, para sentir os efeitos de camaradagem e de confraternização de uma camada de seres humanos que, reconheço, é da maior cordialidade, de um elevado grau de cultura e até, quanto à apreciação do género feminino, de belezas assinaláveis, E, curioso, todas com obrigatoriedade de cumprirem o serviço militar. De arma às costas.
Shalom, pois, povo hebraico. Paz para eles e que bonito é também ouvir a resposta quando nos desejam, por sua vez, o seu SHALOM!

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