quarta-feira, 14 de maio de 2008

O FUTURO


Os animais batem-se mas não fazem guerra
Mas os homens, esses sim, mutilam, destroem,
Querem dar cabo de tudo cá nesta Terra
Ao contrário do ditado matam e moem

Se fossem apenas os humanos que litigam
Apesar do mundo ficar sem movimento
Algo ficaria do que desamigam
E que depois cresceria, ainda que lento

As plantas, os rios, e tanto mar infindo
Isso, o homem depois de desaparecer
Quando o ser humano for dado como findo
Tudo começará novamente a crescer

E não são somente as bombas que fustigam
Que fazem em pó cidades, nações inteiras,
Os homens, esses maldosamente castigam
E fazem das florestas enormes braseiras

Se todos os peixes vão desaparecendo
E se a água potável vai rareando
A vida dos homens mais difícil vai sendo
E o seu futuro mais negro vai ficando

Mesmo que não sejamos nós a ver o fim
Serão os vindouros que terão de sofrer
Já não encontrarão beleza no jardim
Pouca importância terá então viver

Aproveitem hoje humanos desumanos
O que ainda nos oferece a Natureza
Podereis ainda sulcar os oceanos
Olhar em volta e gozar toda a beleza

Quanto tempo falta p’ra chegar esse inferno
Que vai ser a Terra pelo homem desfeita
Transformando o tempo num permanente Inverno
Tudo isso por culpa de mão imperfeita

Mas é possível ainda voltar atrás ?
Tomar consciência de que não é caminho
Este que nos leva a um beco sem paz ?
De certo que sim, se pensarmos com carinho
No que podemos começar já a fazer
Se tomarmos consciência da verdade
E formos bem capazes de compreender
Aceitando com a máxima humildade
Que não foi para isto que foi feito o Mundo
Que a inveja e a ambição destroem-nos a todos
Que cada vez mais se vai batendo no fundo
E que desperdiçamos energia a rodos
Então sim, confiamos
Com esperança plena
Que todos as mão damos
Que viver, apesar de tudo, vale a pena
!

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