segunda-feira, 31 de março de 2008

E A TERRA, INDIFERENTE, CONTINUA RODANDO


(Está ainda por representar, a aguardar a oportunidade de um produtor teatral se interessar por colocar em cena o que talvez possa constituir um grito de alerta para o perigo que ainda não está afastado de suceder um dia)




Esta peça de teatro foi escrita em 1961,
numa altura em que o mundo vivia o problema de um conflito potencial
que poderia ocorrer entre as duas mais fortes potências,
os Estados Unidos da América e a União Soviética,
num confronto que, enquanto se manteve latente,
foi denominado de Guerra Fria.
Dado que os dois países dispunham dessa arma terrivelmente mortífera,
a bomba atómica, que, em qualquer altura, poderia ser
deflagrada contra o adversário, envolvendo o planeta
numa definitiva guerra nuclear,
em virtude das retaliações sucessivas que se poderiam verificar
por parte dos dois beligerantes, os chefes políticos mais conscientes
da realidade temiam pelo pior e os cidadãos mais bem informados, ainda
que não se tratasse da maioria da população mundial,
atravessaram um longo período de intranquilidade.
Passados alguns anos sobre o fim da referida Guerra Fria,
que só se concretizou
com a queda do Muro de Berlim
e com a transformação política da então União Soviética,
não se pode dizer que o perigo de eventuais ataques atómicos
tenha terminado, visto que, por via de vendas incontroladas
de segredos, antes bem guardados, da ciência atómica,
sobretudo por técnicos e cientistas descontentes
com as situações indefinidas em que passaram a viver, sobretudo
na Rússia, e também das propostas tentadoras que lhes eram oferecidas por países
governados por políticos irresponsáveis,
o domínio da guerra nuclear deixou de pertencer apenas a duas
nações que, apesar de tudo, sempre poderiam responder,
com mais alguma segurança, ao apelo de bom senso que o mundo lhes fazia.
Não devem, por isso, os homens andar descansados.
Muito embora tenha passado o período do perigo que era mais do conhecimento
da população mundial, não se pode dizer que passou a reinar a tranquilidade absoluta.
Quem sabe se um pequeno país, que tenha adquirido
todos os componentes do poder bélico nuclear,
ou que tenha dado abrigo a um desses cientistas
que venderam a sua ciência a quem mais lhes ofereceu,
não tome a iniciativa, num dia de pior disposição do seu dirigente,
tratando-se evidentemente
de alguém com um poder absoluto, quem sabe se, por motivos rácicos,
por interesses de domínio territorial ou até por simples razões de ódio religioso, entender dar ordem para um dos seus generais carregar no temível botão...
Este é um motivo, mais do que suficiente, para se poder considerar o tema desta
peça de total actualidade. Será, evidentemente, antes de tudo, um obra de ficção,
mas pretende também fazer pensar quem a leia ou quem a veja,
eventualmente, representada. os da América e a União Soviética,
num confronto que, enquanto se manteve latente,
foi denominado de Guerra Fria.
Dado que os dois países dispunham dessa arma terrivelmente mortífera,
a bomba atómica, que, em qualquer altura, poderia ser
deflagrada contra o adversário, envolvendo o planeta
numa definitiva guerra nuclear,
em virtude das retaliações sucessivas que se poderiam verificar
por parte dos dois beligerantes, os chefes políticos mais conscientes
da realidade temiam pelo pior e os cidadãos mais bem informados, ainda
que não se tratasse da maioria da população mundial,
atravessaram um longo período de intranquilidade.
Passados alguns anos sobre o fim da referida Guerra Fria,
que só se concretizou
com a queda do Muro de Berlim
e com a transformação política da então União Soviética,
não se pode dizer que o perigo de eventuais ataques atómicos
tenha terminado, visto que, por via de vendas incontroladas
de segredos, antes bem guardados, da ciência atómica,
sobretudo por técnicos e cientistas descontentes
com as situações indefinidas em que passaram a viver, sobretudo
na Rússia, e também das propostas tentadoras que lhes eram oferecidas por países
governados por políticos irresponsáveis,
o domínio da guerra nuclear deixou de pertencer apenas a duas
nações que, apesar de tudo, sempre poderiam responder,
com mais alguma segurança, ao apelo de bom senso que o mundo lhes fazia.
Não devem, por isso, os homens andar descansados.
Muito embora tenha passado o período do perigo que era mais do conhecimento
da população mundial, não se pode dizer que passou a reinar a tranquilidade absoluta.
Quem sabe se um pequeno país, que tenha adquirido
todos os componentes do poder bélico nuclear,
ou que tenha dado abrigo a um desses cientistas
que venderam a sua ciência a quem mais lhes ofereceu,
não tome a iniciativa, num dia de pior disposição do seu dirigente,
tratando-se evidentemente
de alguém com um poder absoluto, quem sabe se, por motivos rácicos,
por interesses de domínio territorial ou até por simples razões de ódio religioso, entender dar ordem para um dos seus generais carregar no temível botão...
Este é um motivo, mais do que suficiente, para se poder considerar o tema desta
peça de total actualidade. Será, evidentemente, antes de tudo, um obra de ficção,
mas pretende também fazer pensar quem a leia ou quem a veja,
eventualmente, representada.

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