terça-feira, 30 de agosto de 2011

FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS




A NOTÍCIA DE QUE VÁRIOS SERVIÇOS da Segurança Social se encontram encerrados por motivo de férias dos funcionários, não ficando nenhum para garantir a actividade por erro de quem marcou esses descansos ao mesmo tempo, tal actuação de incompetência do funcionário ou funcionários que têm a obrigação de prestar um serviço público minimamente aceitável, tal actuação que causa as maiores dificuldades aos utentes, aos contribuintes que têm o dever de receber o maior cuidado e o melhor contributo por parte das forças oficiais não pode passar despercebido e, obviamente, sem a punição adequada.
Este caso e outros do mesmo estilo de prejuízo em relação aos habitantes portugueses, não é invulgar no nosso País, só que a sua divulgação não é muito corrente e por isso passam despercebidos na maioria das situações. Mas são precisamente situações mais ou menos parecidas, em que o povo é maltratado pelos funcionários que são pagos para se dedicarem com a maior dedicação ao tratamento das massas públicas, as que se vão conhecendo aqui e ali, mas que os portugueses, com o seu hábito de reclamarem em voz alta mas nunca levando às últimas consequências as queixas a que têm direito, deixam passar sem que a divulgação pública atinja a grandeza que deveria ser bem clara.
Ora, quando se torna necessário dispensar muitos funcionários públicos por impetuosidade de encerramento de múltiplas repartições oficiais, são precisamente as situações em que se verifica incompetência e até desinteresse por parte dos servidores do Estado que se encontram nos seus lugares mas não os cumprem com o cuidado que lhes deve ser aplicado, são tais comportamentos que devem chamar a atenção dos serviços de estudo do desinteresse dos funcionários – e se não existe essa classificação, pois já era altura de ser criada – para dispensar os que não servem e, com isso, até servir de exemplo aos que ainda se julgam resguardados da dispensa de trabalho e que cumprem mal e porcamente o trabalho que têm de executar com todo o empenho e a maior responsabilidade.
É triste que se tenha de actuar desta maneira para que se consiga impor um mínimo de cumprimento dos deveres que cabem a quem se encontra a desempenhar funções que têm como finalidade servir exemplarmente os habitantes contribuintes, mas numa altura em que sobram trabalhadores na área oficial, a única forma de actuar com sentido de justiça é excluir dos serviços os que não cumprem.
São estas atitudes que devem ser prioritárias no capítulo da melhoria dos serviços públicos e, ao mesmo tempo, limitar o número de funcionários, até para que cada um esteja limitado ao trabalho que lhe compete e, através disso, darem mostras de que são pontuais, cumpridores e bons executantes.
E cá estou eu com fantasias, com propostas que são de difícil execução. Mas que o País não pode manter-se entregue aos que apenas desejam o emprego garantido e não o trabalho que lhe cabe, esse, como é o caso de Portugal, nunca conseguirá dar mostras de produtividade, pois o que se encontra por fazer vaie-se prolongando por tempo indefinidos, passando de geração para gerações e, em dada altura, é que se nota que o que se faz não chega para o que se consome.
Não sei se alguma vez teremos as pessoas que, nos locais de decisão, serão capazes de enfrentar abertamente os problemas que todos conhecemos mas que ninguém se atreve a enfrentar. E até tenho receio de indicar a maneira de actuar nesse sentido que, obviamente, não tem nada a ver com a prática da Democracia, que, por ser ainda tão jovem no nosso País, é confundida com demagogia o que é a maior inimiga das liberdades.
Vamos a ver se daqui a dez ou vinte anos seremos capazes de entender e praticar aquilo que os democratas de anos de exercício já praticam em certos pontos do mundo. Até lá teremos de nos sujeitar aos arremedos de tal execução e se, com isso, nos bastará para alterarmos fulcralmente o que apregoamos à boca cheia ser a nossa Democracia.
Eu, por mim, já perdi as esperanças de ser assistente de tal mudança. Sobretudo porque, ao contrário do que tenho recomendado neste meu blogue, ainda não foi introduzida nas escolas primárias a aula de “prática democrática”, que é, acima de tudo a característica de saber ouvir e de só interromper o parceiro depois de escutar completamente o que ele tem para dizer. Discutir, só em último recurso...

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