terça-feira, 26 de julho de 2011

QUEM DIRIA?



SERIA POSSÍVEL PREVER, tempos atrás, que os E.U.A. acabariam também por ser vítimas da crise económica, ao ponto de não conseguirem satisfazer as suas dívidas para com outros países, obrigando Barak Obama a expor a situação através das comunicações que lhe são habituais e a serem tomadas medidas sérias perante os cidadãos americanos que não eram habituais naquele País?
Pois também a essa Nação tão poderosa chegaram os sinais de apertar o cinto e seria bom que as agências de rating, as mesmas que estão tão interessadas em espalhar os seus avisos em relação às que se passa na Europa – e Portugal conheceu bem os efeitos daquilo que foi considerado “lixo” por essas empresas de apreciação dos outros -, dedicassem também a sua atenção para catalogar aquilo que se começa a verificar no próprio terreno onde estão instaladas.
Mas como com o mal dos outros se pode sempre bem (ainda que esse sinal de egoísmo não constitua um elogio ao nosso procedimento), não nos provoca alegria que a Nação que sempre gozou de farturas tenha agora de enfrentar uma situação que, pela Europa, já é coisa bem conhecida. E, nesse particular, como neste nosso País não se verifica um abrandamento das dificuldades que nos estão impostas e que nem a mudança de Governo ocasionou, para já, um afrouxamento de tais suportes de ordem financeira, sejam quais forem os contribuintes que não têm condições para fugir, pelos meios legais, de desviar para o departamento de impostos percentagens de tudo que constitua passar recibo pela execução de um trabalho, só temos de aceitar esse carrego até que se vislumbre um equilíbrio entre a produção e os gastos, o que não se encontra ainda na lista das possibilidades nacionais mais imediatas.
E é nessa direcção que considero útil ir apontando deficiências sempre que o Executivo de Passos Coelho tome qualquer medida que, mesmo na fila das urgências, não se situe nos lugares cimeiros, pois atravessamos uma altura em que não são admitidos erros e distracções. Mesmo que o desvio que foi metido na herança do Governo de posse recente seja superior a 2 mil milhões de euros, o que não foi ainda devidamente clarificado, não é compreensível que tenha sido anunciado que o corte na despesa só surja no final de Agosto, quando cada dia que passa representa um agravamento das circunstâncias que nos rodeiam. Quando, o Imposto Extraordinário apresentado pelo novo ministro das Finanças irá render aos cofres do Estado qualquer coisa como mil e 25 milhões de euros, a maior parte já este ano e o restante em 2012, constando das declarações do IRS, sendo que isso afecta cerca de um milhão e setecentas mil famílias portuguesas, entre trabalhadores, por conta de outrem ou não, e os pensionistas, sendo estes os que se encontram mais assustados e revoltados por sinal quando verificam que quem ganha com a crise são as instituições financeiras que tanto lucram com as subidas dos juros, assim como o enriquecimento ilícito que não passa despercebido a todos nós, bem como os ordenados e regalias que, em muitos casos são autênticos escândalos, todas estas situações têm de ser equacionadas e consideradas como prioritárias juntamente com a avaliação das empresas com capital do Estado que foram aparecendo para encontrar colocações beneficiadoras de amigos do Partido A ou B, conforme quem dispunha de poder para ser generoso, ainda que não amigo dos contribuintes.
O que está a ocorrer com os centros de saúde espalhados por Portugal, bem como as estações dos correios tão úteis se se, situam perto das povoações, essas coisas simples só há que melhorar, especialmente reduzindo as burocracias que os funcionários situados nos postos intermédios da direcção, e as decisões que se devem tomar para dar mostra de que não se anda a coçar a cabeça para encontrar o que deve ser considerado prioritário, é isso que, não tendo custos de alteração, não pode aguardar por “melhores dias”…
Vou-me ocupar de situações que nos assusta pensar que levarão o seu tempo até que sejam atacados os defeitos, é a esse particular que vou dedicar a minha atenção nos blogues que estão no pensamento e prestes a serem paridos…
Haja saúde para mim e para os que lêem o constitui a minha sempre presente insatisfação perante os incompetentes que nunca deviam, ter feito parte da administração pública.

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