quinta-feira, 7 de julho de 2011

QUE FIQUEM OS DEDOS




NÃO HÁ DÚVIDA de que o novo Governo está a tomar medidas que se adaptam às necessidades que se reconhecem de mudar muita coisa que se encontrava mal no nosso País e que se impunha que, ainda que tarde para evitar o que já nos caiu em cima, sejam encaradas com a compreensão necessária por parte dos portugueses.
Poder-se-á discutir se as opções que estão a ser tomadas serão as que, dentro da ordem de urgências, representam uma lógica de oportunidade, mas como se tem de começar por alguma ponta, pois que se meta mão nas situações que mais contribuem para que nos mantenhamos ainda na posição de debilidade que vem de tempos atrasados, não valendo por agora a pena sublinhar os nomes dos autores que, no período anterior mas já mesmo antes, levaram Portugal ao estado em que se encontra.
A nomeação de um núcleo de inspecção das acções dos ministérios que já se encontram em funções, para não se perder tempo com erros que devem ser, de imediato, emendados, este gesto, se vier a ser executado com a eficiência que necessita, é da maior importância e não deve ser encarado como que uma espécie de censura que actua para eliminar más actuações. Não estamos em tempos de ofensas e é forçoso que se faça aquilo que não se trata de um hábito nacional, ou seja o de reconhecermos os erros que praticamos e, sem complexos, dá-los a conhecer e actuar nesse sentido.
Há muito que fazer e este Executivo não pode perder tempo com receios de se enganar. Se isso suceder tem de pedir desculpa e proceder a emendas. Nada mais do que isso. Igualmente, as prioridades têm de estar presentes, não colocando à frente aquilo que pode esperar para depois e deixando em segundo plano o que se reconhece como sendo de extrema urgência.
Há que vender activos, como é o caso da perca de propriedade dos estádios de futebol que, em determinado momento, representaram uma espécie de “febre” dos municípios espalhados pelo País, da mesma forma que muitas propriedades do Estado que não são completamente dispensáveis têm de ser postas à venda. Quanto a isso não podemos nós todos ficar indignados. Que se vão os anéis, mas fiquem os dedos…
Se há alturas em que se tem de ser prático, esta é uma delas!

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