segunda-feira, 25 de julho de 2011

O BEM E O MAL



DEPOIS DO CALAFRIO que correu mundo através dos dois acontecimentos ocorridos num País europeu que sempre marcou pelo bom comportamento do seu povo e em que, num gesto de loucura, um seu habitante ocasionou a morte de muitos dos seus compatriotas, em Oslo e numa ilha a poucos quilómetros de distância (constando, sem provas ainda concludentes, que esses actos foram praticados com a cooperação de dois grupos de extrema direita), simultaneamente com essa ocorrência outra que, em termos de apreciação das acções resultantes dos procedimentos até agora das instituições que comandam o agrupamento económico e financeiro europeu, para os que são mais críticos esse repugnante acto tem de levar a um fazer as pazes com o grupo de nações da Europa, e isso devido ao gesto, até aí raro, de se ter verificado uma ajuda, que também serve a Portugal, e em que os parceiros que mostram maiores dificuldades, passam a dispor de mais tempo para pagar as dívidas contraídas nos passados anos e reduz substancialmente os juros que constituem um aperto na garganta dos habitantes de hoje e dos seus sucessores ao longo de uns anos largos do futuro, pois foi quase coincidentemente na mesma altura que ocorreram essas atitudes provocadas pelas mãos do Homem.
Tratou-se de uma contradição com as disputas de violência, de guerra localizada e que diariamente são noticiadas, em que, numa larga mancha de procedimentos dispersos, os confrontos não terminam e, pelo contrário, dão ares de ir aumentando, sendo que, tanto as boas medidas como as de má índole, tudo isso tem origem na vontade do mesmo Ser humano, que, por razões ideológicas, religiosas e por outros motivos vários, não se mostra disposto a por cobro, verificando-se, pelo contrário, um aumento de rivalidades que, todas elas, podem acabar num confronto generalizado da maior gravidade. Foi assim ou quase que tiveram lugar as guerras que abalaram o nosso Planeta e cujas consequências ainda hoje se notam aqui e ali.
E por cá? Neste Portugal que se encontra numa complicada situação e que, através de um Governo acabado de tomar posse, vive a olhar preocupado o futuro na esperança de que igualmente os tais Homens consigam emendar os erros praticados e vão ainda a tempo de oferecer à geração actual e às que vierem a seguir uma melhor vida, toda a atenção é pouca para seguir as medidas que vão sendo tomadas para avaliar a capacidade destes actuais governantes, não os poupando a críticas que, mesmo desmedidas, são compreensíveis dada a aflição que paira em cada um dos portugueses. É o que faço aqui neste blogue e com esse intuito focalizo os últimos acontecimentos que nos dizem directamente respeito.
Começo, nesta breve observação daquilo que nos rodeia de perto, por referir algo que me chamou a atenção: que tendo sido tomada a decisão de, depois de um ano de paralisação, ser reaberta a linha de caminho de ferro electrificada entre Lisboa e Évora, tal atitude tem de ser aplaudida, se bem que a actualização da via tenha tido início ainda com o Executivo anterior no poder. Ao menos isso!...
Mas, também se debate agora a dúvida (dado que não foi apresentada ainda a explicação definitiva) sobre que freguesias espalhadas por todo o território nacional vão ser alvo de encerramento e que vantagens financeiras serão obtidas com tais cortes de serviços. A Administração pública tem de ser célere em fazer chegar ao conhecimento público todos os pormenores no que diz respeito a mudanças que faça no andamento de um País velho e que tem urgência em constatar as conclusões de cada gesto governamental.
No que respeita ao comportamento dos dois arquipélagos portugueses sempre que são estabelecidas novas directrizes que se aplicam a todo o território nacional, essa de Jardim e de César terem ameaçado que o imposto que vai ser aplicado sobre o13.º mês de salários não será aplicado nos espaço que se encontram sob sua gerência é atitude que tem de terminar de uma vez por todas e o Governo de Passos Coelho tem de dar mostras de que as directrizes que saem pelas vias legais não merecem discussão de separatismos, apenas por vontade dos que se encontram nas Ilhas como esses territórios não pertencessem ao conjunto do País que somos todos nós.
No que concerne à saúde, havendo uma imensidão de atitudes a tomar para que, ao menos, nesse capítulo, ainda que com uma fiscalização para evitar completamente os desperdícios que se sabem que ocorrem e que não nos encontramos em condições de suportar, os encerramentos de postos dos SAP que têm ocorrido ultimamente, deixando as populações sem o apoio fundamental, sobretudo os mais idosos, da mesma maneira que não será correcto que encerrem postos dos CTT e ficando sem esse apoio os habitantes de várias localidades, tudo isso, ainda que compreensível seja a necessidade de diminuir gastos públicos, não pode ser levado a efeito sem um estudo, rápido e responsável, de, sem um mínimo de compensações, se encerrem, de um dia para o outro, postos que sempre estiveram junto dos habitantes dos lugares onde outros apoios também não se verifiquem.
Esta observação tem apenas o propósito de mostrar que o Homem tanto pode ter boa actuação como, no outro extremo, ser muito prejudicial a um seu parceiro. O bom e o mau constituem aquilo que nos leva a não depositar grande confiança naquela personagem que tem sido, ao longo da sua existência, o maior inimigo da Terra.

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