quarta-feira, 20 de julho de 2011

INCOMPETENTES




A NÍVEL DE GOVERNANTES, desde há um certo tempo e, obviamente, não entrando em linha de conta com o período em que foi o nosso País governado por uma ditadura, somos forçados a reconhecer que não passámos nunca pela acção de um Executivo que nos tenha deixado saudades. O que se passa actualmente em Portugal, sendo, não há que negá-lo, consequência de uma crise oriunda do exterior – e há várias indicações sobre onde teve o seu início absoluto -, podendo terem sido tomadas medidas que nos pudessem minimamente defender do pior, pelo contrário o que se passou foi uma época em que o “gastar vilanagem” ocupou as cabeças dos “patrões” de um regime democrático em exercício e dispensados, à nossa maneira, de assumirem o mínimo de qualquer responsabilidade que deveria ter sido assumida por não terem efectuado uma gerência absolutamente sensível às críticas e levando em conta o que muita gente opinava nas alturas, em que se assinalava o desagrado pelo exagero das despesas públicas, sobretudo em auto-estradas consideradas desnecessárias e até constituindo duplicação das que tinham sido construídas antes, todos nós, agora, sabemos disso e suportamos as consequências de tamanho desvario.
O caso de o grupo que nos governa agora estar a deparar com as revoltas das populações que vão sofrer com a obrigação de pagamento de portagens em Scuts, ao longo da Via do Infante, que percorre todo o Algarve e até agora se tem mantido como livre de circulação sem qualquer pagamento.
A outra comunicação que se pretende que constitua uma alternativa ao percurso que é necessário executar de ponta a ponta da mesma província ao Sul, a A-125, toda a gente sabe, sem ser preciso ser morador naquela zona, que este meio de comunicação rodoviária não oferece condições para poder ser considerada como utilizável em lugar da via rápida existente, pelo que o Governo agora em acção não pode nem deve criar conflitos com uma situação que tem todos os ingredientes para fazer nascer um mau ambiente em relação ao grupo governativo de Pedro Passos Coelho, dada a falta de razão bem clara que representa esta resolução. É que, a tal A-125, que percorre longitudinalmente, só pode ser considerada como uma via de interior, ligando muitas das cidades, vilas e lugares que existem ao longo do referido território, mas que peca por não ter sido construída com escapadas directas às múltiplas praias que estão semeadas no Sul, pecando, por isso, por ter apenas condições para permitir ligações comerciais entre populações residentes nos locais e não sendo constituída como uma escapatória rápida de oeste a leste, com serviço à disposição do turismo, nestas condições não houve a análise da situação do local mais aberto para receber visitantes, tanto estrangeiros como nacionais, o que constitui um erro imperdoável a esses anteriores maníacos das vias rápidas que, por exemplo, assim fizeram no que se trata na ligação Lisboa/Porto.
Os sinais de incompetência, que se vulgarizam sucessivamente, não são objecto de serem aplicados, nos indivíduos que foram autores de medidas verdadeiramente condenáveis, qualquer sinal que identifique tais disparates. Por exemplo, os distinguidos com alguma condecoração passam a colocar nas lapelas dos casacos a rosinha que lembra aos outros que devem ser chamados por “Senhor Comendador”. Pois seria bom que, também, os que passaram pelos diversos Executivos devessem também assumir a mesma postura, ficando marcados para efeitos futuros, ao contrário do que sucede e que é acomodarem-se em lugares de empresas que estiveram dependentes da autorizações que lhes foram dadas pela mãos do referido indivíduo.
Eu bem sei que seria uma maldade. Mas, ao passarem, despercebidos depois de se terem sentado nas cadeiras do Poder, ninguém lhes recorda o mal que fizeram.
Refiro-me, claro está, aos que não cumpriram devidamente as funções que lhe tinham sido atribuídas.

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