sexta-feira, 15 de julho de 2011

MUDANÇAS



ESTANDO TODOS NÓS, portugueses, ansiosos por depararmos com boas e novas medidas que o Governo que tomou posse recentemente apresente na sua actuação que ainda se encontra em fase de observação desejosas de agradar, no mesmo dia em que o actual Ministro das Finanças anunciou os encargos que vão cair sobre todos nós, o que tem de ser entendido como um mal a que não podemos escapar para podermos conseguir solucionar o problema do documento de dívida que foi assinado pelos responsáveis governamentais que ainda se encontravam em funções, juntamente com os novos acabados de chegar, uma lufada de ar fresco foi trazida pela ministra da Agricultura que, sem rodeios, deu instruções para que terminasse a obrigação dos funcionários usarem gravata, com o intuito de baixar a graduação do ar condicionado utilizado nas instalações daquela dependência estatal e, com isso, ser reduzido o CO2 e, consequentemente, reduzirem-se também os custos com a electricidade que, segundo parece, ainda representam um montante elevado que convém juntar a outras reduções que o Estado pode e deve fazer para que as despesas sofram uma diminuição apreciável.
Ora bem, esta nota pretende sublinhar dois factos: o primeiro, e mais antipático refere-se a um encargo que todos nós vamos suportar, com a redução nos salários referentes ao mês do Natal, o que constitui uma matéria que as oposições mais radicais aproveitam para fazer as suas críticas ao gosto dos que não se mostram satisfeitos com a subida do PSD e do PP às cadeiras do poder. De facto, para quem luta, como é o caso dos portugueses, com as maiores dificuldades para poder sobreviver neste Pais, um corte deste tipo e outros que, possivelmente, serão ainda anunciados, provoca uma grande insatisfação em todos nós, mas, segundo se compreende, não haverá outra forma de enfrentar a situação empobrecida de Portugal se não forem tomadas medidas dolorosas que influam na redução substancial dos encargos que o Estado suporta e que não se podem aguentar por muito tempo.
Pena é que o novo Ministro não tivesse começado a sua acção pelo anúncio de medidas radicais nos sectores das empresas de várias espécie que estão acoplados a serviços públicos e cuja utilidade seja reconhecida que é nula, ainda que dêem emprego a muita gente que se viu beneficiada pelas relações de amizade com os detentores do poder de épocas atrasadas.
Mas, o facto de ser uma mulher, como ministra da Agricultura, a dar mostras da sua disposição em exercer as suas funções com alguma coisa que mostra sentido de serviço em favor do País, fazendo um gesto, mesmo que de pouca acção de espectáculo, com a anulação da gravata nos seus funcionários, isso pode representar algo de positivo que se espera que todas as áreas governamentais sigam com idênticas medidas positivas.
Na verdade, um ministério ligado à agricultura, em que se assiste a que os numerosos engenheiros que ali funcionam tenham um ar de escriturários, sempre encasacados em lugar de se movimentarem com o aspecto campesino, como acontece, por exemplo, em Israel, um País que dedica enorme atenção a esta área, em que as grandes cabeças que orientam os homens que se dedicam à agricultura, se movimentam de calções, de sandálias e em mangas de camisa, como prova de que a sua área de actuação está completamente em harmonia com as funções que exercem.
Apeteceu-me dar sublinhar estas duas actuações no início da actividade do Governo que tem muito para fazer e tudo sem erros, pois se temos de mudar de forma de fazer o que nos compete, por algum lado se tem que começar.

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