sábado, 9 de julho de 2011

EUROPA UNIDA



CADA DIA QUE PASSA e em que somos dados a assistir ao desmembramento desta Europa que custou tanto a edificar dentro das características sonhadas de uma unidade de interesses que fazia prever ao longe a existência de uns Estados Unidos da Europa, ao contrário do que se pretendia que viesse o que os homens que fazem parte dos países englobados nessa unidade tinham obrigação de construir têm mostrado, o que se passa é um desinteresse dramático de uns pelos outros e o não querer participar no auxílio que se impõe dos mais fortes aos mais fracos, deixando que o afundamento que se está a verificar acabe com o ambicionado espaço de um Continente que mostraria uma força e uma conjugação de esforços que se impunha que fosse um exemplo em relação ao resto do mundo.
A Europa caminha para um desmembramento tal que nem a destruição que sofreu por via da Guerra mundial que começou neste espaço terrestre se comparará ao que pode acabar por acontecer de novo, mesmo sem a existência de um Adolfo Hitler que, possivelmente, nesta altura até poderia ter a sua utilidade.
O caso da Grécia, o País onde nasceu a Democracia e de onde, milhares de anos atrás, surgiram as figuras históricas que deveriam ser recordadas a cada momento e ensinadas às juventudes de hoje, devido a ter sido mal conduzida economicamente, surge agora como um exemplo sobre o qual todos os vinte e sete membros da União Europeia deveriam efectuar uma reflexão, pois que, se bem que lhe caibam culpas por os seus políticos terem actuado erradamente, ao ponto de se encontrar num estado de falência que se pode expandir para outras nações, como é o caso de Portugal que, também mal governado, atingiu um ponto de duvidosa melhoria futura, por isso mesmo é que se deveria verificar um movimento de unidade de esforços dos parceiros europeus que não se situam na mesma posição, essa triste situação é que necessita de um apoio generalizado dos restantes “sócios” de uma mesma causa.
Mas, o que se verifica não é nada disso. Bruxelas, de que tanto se fala, em lugar de assumir um papel de comando e de actuação para reunir esforços, pouco faz no sentido de aproveitar a circunstância e efectuar uma unidade política que, segundo parece, será a única forma de agrupar os interesses gerais e não permitir que cada um se desembrulhe pelo seu lado. É uma dispersão de esforços que não conduz à unidade entre irmãos.
Não chega que exista uma moeda única – que é como quem diz, pois que nem todos os membros aderiram ao Euro -, nem será a parte económica que juntará as mãos de todos os participantes. É a área da política que se impõe que seja aceite com uma certa uniformidade, dentro dos princípios democráticos, está bem de ver, pois só assim se poderá deitar a mão a algum dos membros que tenha seguido caminhos que o coloquem em situação de desmoronamento.
Esta atitude agora denunciada de uma ou mais agências de “rating”, de origem norte-americana estarem a classificar alguns países europeus como “lixo”, criando-lhes o problema do encerramento de portas de eventuais emprestadores de fundos para se salvarem situações que atingiram o seu extremo de solvência – e esta é uma forma simplista de explicar o que fazem essas “enterradoras” das economias europeias -, tal atitude só poderá ser enfrentada se a união da Europa der a resposta adequada e grite “às armas!” a tempo de desfazer a intenção mortifica de tais agrupamentos.
Mas isso não está a suceder. O que se espera é que, dentro princípio de haver males que vêm por bem, esta maldosa actuação desperte na Europa aquilo que lhe tem faltado e que é precisamente o fortalecimento da actuação do grupo que, se não der o passo necessário, acabará por se desfazer em nada.

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