terça-feira, 3 de maio de 2011

A GRANDE NOTÍCIA



O MUNDO PAROU. SERIA VERDADE? Osama Bin Laden teria, de facto, sido morto ao fim de dez anos de uma organização tão eficiente como é a americana nestes casos o andar a perseguir?
Mas há muitas dúvidas que ainda se põem. O ter sido atirado o seu corpo para o mar, para não ficar nenhuma zona onde pudesse vir a ser utilizada como local de devoção, essa atitude dará garantia de que o morto será, na verdade, o tal acusado de milhares de mortos, incluindo a medonha destruição, há dez anos, das torres gémeas de Nova Iorque, de ter sido apanhado? Esperemos que sim.
Em todos os casos, a realidade é que o terrorismo que está implantado por todo esse mundo não se baseia apenas num homem. Hoje em dia está difundido por uma série de “sucursais” que têm a seu cargo utilizar os meios do chamado “suicídio terrorista” que, basta haver uma cabeça louca e completamente dominada por uma raiva, para mais com a crença de que, após cada acto, o destino extra terrestre fica garantido num paraíso de enorme felicidade, para que determinadas criaturas, geralmente ligadas à fé muçulmana – mas não só e não é um exclusivo dessa fé – resolvem enveredar por essa prática.
Por outro lado, quantos seres humanos não haverá que tudo dariam para conseguir obter a divulgação da sua imagem por toda a Esfera, ainda que para isso se tornasse necessário praticar actos do tipo dos que Bin Laden foi o mentor?
Afinal, para se solucionar um problema que ocorra na superfície da Terra, com frequência não basta apenas uma determinada acção para pôr ponto final no que provoca certa preocupação. Quase sempre são necessárias múltiplas atitudes para que um objectivo seja alcançado. Por exemplo, o caso complicado em que Portugal se encontra.
Estaremos todos nós convencidos no nosso País que chegará que se realizem as próximas eleições do dia 5 de Junho para que o problema nacional fique solucionado? Ao conseguir-se um grupo governamental que, obtendo a maioria parlamentar, logo se consegue que tudo entre nos eixos?
Conforme eu não me canso de divulgar neste meu blogue que o mal do mundo tem um nome específico, chama-se Homem, pois que são as suas acções que ocasionam os desentendimentos sucessivos e as dificuldades em chegarem a acordos que, de um lado e de outro, merecem um mínimo de compreensão e de bom senso e bastante de humildade, não consigo mudar de opinião e de passar a conferir maior confiança nas decisões que têm de ser tomadas, ainda que algumas delas não sejam do nosso inteiro agrado. Daí o não poder fazer outra coisa, no caso português actual, que não seja ir votar no próximo dia 5, mesmo engolindo sapos vivos, e assistir ao que vai ocorrer logo a sair, às discussões entre os principais responsáveis, à continuação da falta de acordo para que se ultrapassem as dificuldades financeiras mas que, acima de tudo, Portugal passe a ser uma Nação produtora e o seu povo mude de atitude passiva e cómoda de deixar para os outros a obrigação de darem o máximo de si para que saiamos desta “dolce vitae”, que é como quem diz fazer o menos possível.
Mesmo que os desperdícios de milhões de euros que o Estado costuma fazer, baixem alguma coisa, tendo se suportar os aumentos de impostos que são mais do que certos, acrescentando-se alguns buracos aos cintos dos habitantes, mexendo-se nas leis laborais, tudo isso seguramente necessário, o importante é que se dê uma volta de 180 graus no funcionamento do nosso sistema. É na produção que o problema reside. É na agricultura de Norte a Sul, bem orientada e modernizada, na pesca no nosso enorme espaço oceânico, mas, sobretudo, na criação de zonas industriais no interior do País, convencendo empresas sólidas estrangeiras a vir beneficiar das facilidades que têm de se propagar, utilizando a mão de obra nacional que, também ela, tem de ser motivada a fazer o que é capaz de mostrar quando funciona na emigração, são nessas várias medidas que podem residir as soluções que, mesmo tardando a implantar-se, são as únicas que podem colocar o nosso País no lugar que nunca teve.
Se Osama Bin Laden morreu ou não, e oxalá que sim, é tema importante para o mundo inteiro. Mas o nosso problema caseiro, ainda que nos interesse acompanhar em pormenor esse acontecimento, obriga-nos a ter mais do que presente aquilo que também tem a ver com morte, sobretudo com o que se poderá catalogar como suicídio colectivo, o nosso desassossego é diferente e a eventual maneira de sairmos da embrulhada em que nos encontramos, essa está, de certa maneira, nas nossas mãos poder resolvê-lo. E quando digo nas nossas é claro que incluo os dez milhões de portugueses, dos que tomam a responsabilidade de se querer sobressair na exposição pública e dos que, anonimamente, estão incluídos na massa de população que forma o número de habitantes deste rectângulo tão bem colocado geograficamente… e tão mal aproveitado como tal.
Serão capazes todos os portugueses de assumir a responsabilidade que, por menor que seja, lhes cabe?
Essa é a grande questão, com Bin Laden vivo ou morto!...

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