quarta-feira, 4 de maio de 2011

ÃNSIA



HAVERÁ MUITOS PORTUGUESES que, nesta altura, às 19 horas de terça-feira, dia 6 de Maio, se encontrem ansiosos por conhecer o que decidiu a Troyka que garantiu que hoje comunicaria que medidas iriam ser tomadas para que Portugal possa beneficiar do empréstimo que, neste momento, já sabe que ultrapassam os 100 mil milhões de euros? Será que a maioria do povo nacional tem esse assunto a incomodá-lo?
O que a televisão, agora mesmo anunciou, é que, pelas 20 e trinta horas, José Sócrates irão anunciar ao Pais de que constam essas decisões. Mas como eu dei início à escrita deste blogue antes desse anúncio, o que faço apenas é transmitir que. da minha parte, existe uma expectativa que não me deixa tranquilo. Logo, vou interromper este desabafo e só o continuarei após ter digerido o que o primeiro-ministro de saída vai dizer.
E aqui venho eu depois de ter visto e ouvido o campeão do optimismo a dizer, num resumo resumido, que afinal não há motivos para os portugueses estarem preocupados. E, sobretudo, que o tal PEC 4, o que serviu de motivo para a demissão do Governo, e que não deveria ter sido utilizado para que se tivesse criado a crise política interna que está agora a decorrer.
Como boas notícias, caso elas venham a confirmar-se, é que não ocorrerá o corte por agora do subsidio de férias, ainda que tenha ficado por esclarecer qual o juro que vai ser aplicado pelo empréstimo que ficará estabelecido. Quanto ao resto, começarão agora as disputas verbais entre os adeptos socratianos e as oposições, cada um a defender os seus pontos de vista, ainda que não se conheçam concretamente pormenores importantes e sejam ignoradas as contas públicas, havendo que aguardar pela comunicação que a Troyka fará certamente e em que teremos todos nós portugueses que retirar todas as dúvidas que pairam nas cabeças daqueles que têm algumas noções destas coisas da governação…. o que é a maioria da população. Também se ficou a saber que o montante do empréstimo andará pelos 78 mil milhões de euros. Vamos a ver se chega.
Mas as eleições que estão à vista vão servir de matéria para que, de um lado e do outro – com o CDS à espreita -, surgirem os ataques mútuos e com a população a aguardar o que lhes vai sair na rifa, o que, nem é preciso ser optimista ou pessimista, corresponderá à realidade que, por agora, ainda se encontra na obscuridade.
Que Portugal vai utilizar o empréstimo enorme que lhe está destinado, isso já é certo. Que juro vai ser pago, esse é ainda um mistério. Que vão aparecendo as condições que nos são impostas, essas pertencem também s um vago conhecimento, pois só foi revelado por Sócrates o que o povo gostava de ouvir. Porém, no capítulo daquilo que é fundamental para se poder ir juntando dinheiro para nos libertarmos dos credores, ou seja quando à formulação de regras e procedimentos que nos levem a conseguirmos ser um País produtivo, no que respeita a esse factor encontramo-nos na mesma. Há que aguardar pelo resultado eleitoral do dia 5 de Junho para podermos fazer uma ideia daquilo que, a não aparecer, não resolverá a razão de fundo de nos encontrarmos a dever a toda a gente… É esta a nossa ânsia. E pelo que disse o negociador por parte do PSD, Eduardo Catroga, não podemos ficar assim tão contentes como o Sócrates pretendeu deixar expresso. Quem terá razão para que a tal ânsia não seja assim tão justificável?
Por agora e a esta hora da noite, é o que me sai neste blogue. Vai-me estragar a dormida o ficar a pensar no que não digo e não escrevo. Os optimistas que durmam descansados!...

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