segunda-feira, 30 de maio de 2011

ADEUS!...



JULGO QUE NÃO CONSTITUIRÁ SURPRESA para os leitores habituais deste meu blogue, que já tem bastante tempo de existência, verifiquem agora a confirmação de que chegou o momento de me despedir com os meus pontos de vista sobre o que se passa neste mundo e, sobretudo, em Portugal.
Tenho mantido alguma esperança de que, ainda durante a minha existência, o panorama cada vez mais aflitivo que se instalou no nosso País comece a dar mostras de uma inflexão profunda, por forma a que o futuro dos descendentes portugueses anime os actuais responsáveis e os que vierem já a seguir. E, muito embora não seja o sentido do optimismo que mais se tenha encontrado nestes meus escritos, no fundo sempre alguma expectativa se poderia encontrar nas entrelinhas.
Mas, com as eleições a surgirem já dentro de uma semana, sendo de confronto o que se assiste nas acções e intenções de todos os concorrentes ao primeiro lugar, não se verificando aquilo que se impõe que resulte da complicadíssima situação das dívidas que espreitam e que seria a de uma apertada união que, embora não coincidente com o espírito de cada grupo partidário, perante tal situação de desentendimento não é possível manter outra atitude que não seja a de prever um pior panorama para o futuro que se aproxima a passos largos.
Feita uma visão realista daquilo que eu posso ir acrescentando face ao aspecto que daremos a todo o mundo de falta de coesão política dentro de um espírito democrático que, até esse, haverá dúvidas que se seja capaz de manter, o que considero ser o mais próprio é o de suspender, sabe-se lá por quanto tempo, a expansão dos meus pontos de vista, posto que se eles não serão de grande importância neste período de dúvidas sobre o resultado eleitoral, após a confusão que vai reinar e o que eu suponho que sucederá e que é o não cumprimento do acordo assinado pelos três partidos com a Troica, ou seja, entre outros, a liquidação das dívidas nos prazos estabelecidos, o que surgirá depois como castigo por não conseguirmos um entendimento interno constituirá uma situação muito penosa para os portugueses de hoje para os que vierem a seguir.
Este meu adeus só se justifica porque eu, como jornalista que fui durante mais de 50 anos, não é agora que vou assumir uma transmissão de mentiras, ou seja mostrar credibilidade naquilo em que eu estou verdadeiramente descrente.
Os três partidos que, queiram ou não queiram, vão figurar no grupo que tem de formar Governo – e não vai ser fácil encontrar harmonia entre dirigentes que têm, cada um por seu lado, as suas ambições pessoais -, não oferecem grande garantia de que serão capazes de transmitir aos credores estrangeiros confiança de que vão cumprir o que assinaram. E, a partir daí, tudo pode acontecer.
Não estou nada convencido de que este meu Adeus deixará nos leitores alguma lástima. O futuro não está nunca nas nossas mãos e eu, por agora, vou apenas assistir ao que se passa.
Até um dia!...

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