quinta-feira, 17 de março de 2011

FMI OU O QUE QUER QUE SEJA!...


ESTA PERGUNTA que constitui uma razão para que o Executivo de Sócrates tudo faça para se manter no poder e ameaçar com a crise política que, segundo ele, será provocada pelos outros e que ele “dá o seu melhor” – frase que pronunciou vezes sem conta na última entrevista que concedeu à televisão – para evitar que cá chegue o que diz ser um mal para o País, mas a questão que divide bastantes opiniões e que não se sabe se será, de facto, uma catástrofe ou uma inevitabilidade, tem, obviamente, que colocar a dúvida em muitos portugueses, pelo menos aqueles que seguem mais atentamente a evolução dos acontecimentos, pois que sofrer no bolso os efeitos das medidas que têm sido progressivamente tomadas isso não passa despercebido.
Mas, a final, o termos de requerer a intervenção do FMI para fazer face ao interminável pedido de empréstimos, com juros cada vez mais elevados, é inevitável ou haverá outra forma de sairmos deste atoleiro em que nos fizeram cair?
E quem é capaz de responder, com total idoneidade e absoluta confiança na sua opinião, a este problema de tão grande importância?
A opinião do que se mantém no lugar de primeiro-ministro de Portugal, essa já se conhece e, honestamente, temos de colocar dúvidas no que nos diz. E os que afirmam que será preferível que as medidas que há que tomar para terminarmos, o mais depressa possível, com a corrida aos empréstimos e se ataque a fundo no corte das despesas que podem ser anuladas, será que tais pontos de vista nos favorecem?
Bem, não vou aqui colocar-me em nenhum dos dois lados. Porque o que é indiscutível é que, se tivesse o Governo feito os cortes que se impunham em tudo que constituiu um vida à grande e à francesa – para usar a nossa expressão antiga -, medidas essas que, aqui neste blogue e lá muito para trás eu apontei em diferentes ocasiões, talvez agora o afogamento não fosse tão profundo, se bem que o problema principal que é de não produzirmos, logo exportarmos, aquilo que consumimos e sermos obrigados a adquirir fora uma larga margem de produtos, se o “sabedor absoluto” Sócrates não fosse o casmurro que tem mostrado ser a sua especialidade, é evidente que não nos encontraríamos tão no fundo como estamos.
Logo, também como o mandão do PS já reconheceu que se os planos que mantém como os mais adequados não forem aprovados na A.R. o seu Executivo se demitirá e ele próprio se colocará à frente do Partido para discutir novas eleições, isso quer dizer que está à vista a tal crise política e que um panorama diferente surgirá neste nosso tão castigado País.
Agora, o que ele não pode é fugir das culpas das consequências de tudo isso. E nem vale a pena entrar em discussão quanto ao passado, por mais recente que ele seja, pois que o que nos tem de preocupar é o futuro e o que caberá aos vindouros ter de suportar, devido à má actuação dos actuais, o enorme “embrulho” de problemas que lhes deixamos.
Com FMI ou sem ele, o destino já está marcado. E a História descreverá, daqui a anos, todos os episódios e apontando as culpas a quem as tiver. Só que já estarão todos mortos e, provavelmente, com nomes postos em ruas e avenidas.
Alguém duvida?

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