sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

AS EXCEPÇÕES E A REGRA


QUE INTERESSA LÁ que a situação que o País atravessa seja um dos mais complicados e difíceis de solucionar que jamais a nossa História tenha suportado? Que diferença pode fazer que consigamos ou não sair deste atoleiro em que fomos metidos, por culpa da situação mundial mas também com enorme dose de irresponsabilidade do Governo que temos tido em Portugal desde há uns anos? Tudo isso pode ser atirado para trás das costas pois o assassinato de Carlos Castro nos E.U.A. ocupou as espaços da comunicação social portuguesa muito mais do que o problema de saber se o FMI sempre se vem instalar por cá ou não ou se, como sucede há dois dias, o assunto Casa Pia e o desmentido do principal arguido, Carlos Silvino, mais conhecido pelo Bibi, quanto a tudo que afirmou ao longo de nove anos e serviu para as condenações de diversos acusados de pedofilia, é agora desmentido.
É isto que ocorre neste nosso Portugal. E é com os diferentes “fait divers” que trazem sempre entretido os nossos cidadãos que se conseguem ir esquecendo os gravíssimos problemas que não se solucionam, com eleições ou sem elas.
É verdade? É mentira? Alguém pagou vai pagar ao homem que foi considerado pelo tribunal como o mais culpado desse crime horrendo que é aliciar crianças, sobretudo sem família por perto, asiladas, para entreter sexualmente umas tantas figuras que, por sinal, até são consideradas públicas?
Depois de nove anos de julgamento, como demonstração do estado em que se encontra a nossa Justiça, usando os advogados como elemento de atraso no prosseguimento normal dos julgamentos, a vergonha atinge o ponto máximo que uma Nação pode atingir. E cá fica toda uma população, já tão castigada pela desconfiança que transporta quanto a tudo que constitui acções provenientes das forças políticas e adjacentes que temos, com mais este caso que afasta sucessivamente os portugueses do andamento do seu próprio País.
Já tanto faz como fez! – é o que se houve sair de muitas bocas que se situam na nossas áreas de actuação. O desinteresse, como o que ocorreu no passado domingo, devido ao impedimento criado no acto de votação, com as dificuldades levantadas pelo facto de existir um mau serviço provocado pelos novos cartões de cidadão, até isso que, em qualquer País levantaria uma celeuma com graves consequências, pois cá, não fazendo com que o ministro da Administração Interna não queira pôr o seu lugar à disposição – pois custa muito ficar desempregado e não receber subsídio -, tudo vai cair no esquecimento e só os directores que se demitiram deram provas de que ainda há, felizmente, gente que, sendo nacional, mostram vergonha na cara. Mas são as excepções. A regra é bem outra!

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