sábado, 13 de novembro de 2010

CONTENTINHOS DA SILVA


SEJA PARA ONDE FOR que nos voltemos, escolhamos o tema que escolhermos e que diga respeito à actuação dos nossos ditos responsáveis governamentais, com o que deparamos é só com erros, disparates, equívocos, desculpa de mau pagador, actuações sem conteúdo, enfim um rol enorme de passos dados em direcções contrárias ao que deveria ter sido feito, e isso seja qual for o departamento ministerial que tenhamos em vista. No Trabalho, na Educação, na Justiça, da Economia, nas Finanças, na Agricultura, na maioria esmagadora desses sectores que têm um elemento escolhido pelo Sócrates para desempenhar as funções de dirigente são chorrilhos de asneiras e de desempenhos aquilo que nos é mostrado. E essa é explicação que se pode encontrar para o estado deplorável em que se encontra o nosso País.
E, para cúmulo da desgraça, devido à circunstância do esquema político que se nos depara não aconselhar a que sejam tomadas medidas que conduzam à demissão do Governo que nos atasca de más actuações, são os portugueses obrigados a assistir à manutenção do “status quo” até à altura em que existam condições para que se recorra a eleições legislativas que provoquem a saídas das figuras que se assentam nos lugares cimeiros e apareçam outras que tenham aprendido alguma coisa com os eros que têm sido cometidos de há uns anos para cá. E isso, muito embora não exista no povo português uma grande confiança de que a mexida total no panorama existente consiga remediar todos os males feitos a Portugal pelas mãos do primeiro-ministro que temos suportado.
É esta a minha dúvida e, como sempre faço, não escondo o descontentamento que me assalta há já bastante tempo e que tenho vindo a demonstrar neste meu blogue. É que o ponto até onde nos arrastaram é de tal modo grave que não há milagres que, pelas mãos do homem, cheguem para retirar o País do fosso e será por bastante tempo que todos nós, naturais desta terra lusa, sofreremos as consequências dos irresponsáveis que teimaram em não querer ver as realidades e em ter tomado as medidas que se impunham e que passavam sempre pela redução substancial das despesas excessivas que foram feitas, ainda que não fosse só aí que se tenham verificado erros governamentais.
O ano de 2011 já está à vista e as perspectivas que se aguardam são as mais negras que alguma vez ocorreram no nosso País. O encerramento de empresas, todos os dias e os despedimentos de centenas de empregados vão aumentando o número já astronómico de gente que vai para casa sem ordenado ao fim do mês. Por outro lado, como o sector da produção, do auxílio técnico às exportações e da criação, especialmente com capitais vindos de fora, de novas empresas que empregassem gente e se virassem para o exterior para dinamizar a saída de produtos fabricados por cá, o que obrigava o Governo a criar condições favoráveis para atrair tais investidores, dado que essa actuação não esteve nunca no firmamento preferencial dos homens do Estado (vide a agricultura portuguesa que foi abandonada progressivamente sem que nada fosse feito para o evitar – até pelo contrário), a posição a que chegámos é esta, de braços caídos, e de espanto por assistir ao interior do País praticamente abandonado apenas aos velhos por essas aldeias fora.
Não quero pintar mais neste quadro triste a que o nosso País chegou. Será que a juventude de hoje e a que vier a aparecer ainda se conformará em viver numa Nação derrotada e sem perspectivas, especialmente com um passivo gigantesco que terá de ser pago, nem se sabe como?
Haja quem me convença que a situação não é nem era esta. Se o optimismo resolver o problema, então que sejam esses contentinhos da silva que apareçam para mudar o panorama!...

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