terça-feira, 5 de outubro de 2010

SEREMOS CAPAZES?


ISTO ESTÁ BONITO na verdade. O aviso que lançaram os serviços secretos norte-americanos para que os naturais daquele País não viajassem para a Europa, pois anunciaram a possibilidade de acções terroristas, por parte da Al-Qaeda, que podem ocorrer sobretudo em França, mas também na Grã Bretanha, não descartando tal possibilidade noutros lugares no Continente, e acrescentando aos que se encontram já nestas paragens que aconselham a evitar visitas a locais demasiado expostos, esse alarme só serve para proporcionar ainda um aumento da crise que, só por si, traz um número enorme de população de todas as nações que evitam fazer consumos, o que tem repercussão nas produções e que, no sector do turismo, com todas as suas vertentes, tem ainda maior incidência
Claro que, por cá, esta medida tem de nos afectar. E o que se pede às instâncias que temos de propagação da nossa actividade turística, tão importante para ajudar a equilibrar as contas públicas, é que divulguem, sobretudo naquele mercado tão importante do outro lado do Atlântico, que o terrorismo não está instalado nas nossas paragens e que aqui, mesmo com a nossas dificuldades até por isso, os suicidas islamitas não encontram interesse em fazer das suas.
Aí está, pois, um tema que deve ser utilizado pelos nossos mentores turísticos que têm a seu cargo a expansão para além fronteiras das belezas nacionais e, sobretudo, da nossa gastronomia que essa, por ser louvada em toda a parte, tem direito a servir de cartaz, desde que se saibam usar promoções que se adaptem aos motivos de visita dos estrangeiros e especialmente, neste caso, dos norte-americanos.
Seremos capazes?
Numa altura em que se comemora o centenário do 5 de Outubro, momento em que Portugal passou também por uma fricção económica e financeira que terá sido o que hoje se verifica em copia, embora com diferentes características e com mais população, pode-se dizer que a coincidência tem foros de malvadez, pois depois de uma Monarquia e, nos actuais tempos, passada que foi uma Ditadura, não encontramos um caminho que mostre descanso a quem, ao cabo de cerca de 900 anos de independência, já merecia viver com tranquilidade.
Volto a perguntar: sermos capazes de tudo fazer para o conseguir?

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