quarta-feira, 6 de outubro de 2010

POR MARES....


FOI ASSIM no século XV, em que o Oceano Atlântico se apresentavam perante a vista dos portugueses e as nossas naus sulcaram o mares na busca de locais onde pudéssemos desenvolver aquilo que não cabia no território limitado que nos tinha calhado com a conquista aos mouros, iniciada por D. Afonso Henriques, de um espaço que se conservou ao longo dos séculos que temos como existência.
Vale a pena recordar o que foi essa aventura de uns tantos antigos compatriotas nossos e em que essa decisão, tomada por vontade própria ou impulsionados pela necessidade de subsistência e sem outra alternativa, em que, mares fora, abriram perspectivas que, logo a seguir, outros países aproveitaram instalando-se nos locais que os portugueses descobriram por esse mundo fora, retirando o proveito que n´´os, ingénuos como somos, nunca fomos capazes de usar a nossa favor.
Portugal, como Pais europeu, nesta altura possui a maior área marítima que se apresenta em frente de si. Já fomos uma Nação com alguma importância no sector da pesca, mas, nesta altura, encontramo-nos reduzidos ``a expressão mais simples, pois tendo aproveitado aquilo que foram consideradas benesses prestadas pela Comunidade Europeia, demos baixa de um enorme numero de embarcações destinada a essa pratica e encontramo-nos perante um enorme défice de actividade que colocou os pescadores em posição de reforma antecipada e, em vista disso, o consumo de pescado que, abundantemente, faz parte da nossa lista gastronómica, constitui recurso do mesmo importado das mais diferentes origens, o que também, nesse sector, constitui uma sobrecarga na nossa tão carregada balança de pagamentos.
Hoje, se o poeta voltasse a cantar os feitos dos navegadores que sulcaram os mares, teria que emendar o verso e substitui-lo “por mares agora abandonados” e que, em virtude da aquisição dos submarinos que temos de pagar com língua de palmo, passaria igualmente a ser referido como “por mares agora submersos”.
Na verdade, o que andamos todos agora ´´e debaixo de agua, respirando por uma palhinha, e rogando a todos os santinhos para que, no mínimo, esse ar que circula ainda que poluído, não acabe por nos faltar.
Os maus momentos estão reservados a Portugal, ainda que seja em diferentes ocasiões todas difíceis. A I Republica, para referir um acontecimento apenas com um século de distância, deu aos portugueses ´´agua pela barba, a Revolução de 25 de Abril também não foi pêra doce, este momento em que nos encontramos, não representando embora uma mudança de sistema, pode querer anunciar que poderá estar para breve uma alteração do sistema de governar. Se assim for, pelo menos vale a pena o sacrifício, se bem que as perspectivas de sermos capazes de entrarmos num período em que as contas publicas serão postas em ordem, com os impostos adaptados ao nosso poder de os suportar e as despesas, sobretudo essas, limitadas ``a nossa capacidade e de não fazermos papel de milionários.
Sonhar não custa. Mas talvez o susto sirva para alguma coisa. E se, de novo, formos ajudados por acções vindas de fora, então talvez voltemos a ir direitos ao mar e o aproveitemos para extrair aquilo que constitui uma riqueza que s´´o cabeças tontas foram capazes de desaproveitar.
E a propósito: que será feito dessa gentinha que mandou destruir a frota pesqueira nacional? Provavelmente estará bem colocada em qualquer instituto publico ligado ao mar, com um salário principesco e uma reforma, quando ela chegar, ainda mais ofensiva.

Nota – Como se pode verificar tenho uma avaria (parece ser um vírus) no meu computador, em que os acentos nao saem limpos. Espero que o técnico resolva este problema, mas os feriados d~~ao nisto: há que esperar.

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