sexta-feira, 22 de outubro de 2010

PATACOADAS


AQUI, NESTA BLOGUE, já foi claramente expresso que não se pode excluir Teixeira dos Santos da responsabilidade dos erros sucessivos que o Governo tem cometido na zona das Finanças, que é precisamente aquela que mais preocupação imediata tem de causar aos portugueses, pois as medidas tomadas no Orçamento do Estado que ainda está para ser decidido bem demonstram a ausência de capacidade de solução e sobretudo dentro do tempo antes previsto que o ministro em causa tem dado provas.
Mas não ficam por aí as asneiras continuadas que têm sido mostradas, não só aos nacionais como também aos estranhos, aos que se situam lá fora e que estão atentos à nossa forma de actuar em moldes de nos libertarmos da grave crise que nos envolve. Esta agora do Governo português ter anunciado a extinção de entidades que, por sinal, até já nem existem, pois essa medida refere-se ao ano de 2011 e já este ano estão extintas por decisão governamental, para além do número de empresas, institutos, o que seja, que vão ser anulados constituírem apenas 18% do total de entidades que existem e que mereceriam um estudo profundo para analisar se, face à situação, não deveriam estar incluídas no número da redução de gastos que tanto pesam nas contas públicas.
No caso da AICEP, que eu tanto tenho referido neste meu blogue e que, já muito antes, fez parte dos conteúdos das colunas de jornais que mantive ao longo de muito tempo, neste caso não é de admirar que os governantes não tenham capacidade para estudar os custos de tal organização que, sendo tão necessária, pois que a sua justificação é a de encontrarem nos países estrangeiros mercados para as nossas produções, o que mereceria era que se conhecessem as suas formas de actuar e se reduzissem os gastos que ocasionam as separações de instalações quanto ao turismo e are à TAP, pois que a sua união representaria uma forma de actuar com mais eficiência e com uma diminuição substancial de custos.
Mas se nós, cá dentro, se o total das despesas com todos os ministérios ascende a mais de 5 mil e quinhentos milhões de euros, sendo a redução prevista para o ano próximo, apenas de 20%, como poderemos ser capazes de deitar vistas para o que se expende fora de portas? Seria pedir demais aos homens que se sentam nos cadeirões do Conselho de Ministros! Se, só com telemóveis, os ministérios podem gastar em 2011 mais de 5,5 milhões, como podem esperar-se outras formas de equilibrar as contas do Estado que não seja através do agravamento de impostos?
Queiramos ou não, gostemos ou nem por isso, a vinda do FMI com todas as suas medidas drásticas está mais do que garantida, até porque será uma forma de José Sócrates se desculpar, pois que nenhuma das decisões tomadas, agora em sociedade com Teixeira dos Santos, tem a garantia de apresentar resultados e não haverá necessidade de, dentro de algum tempo, surgir aí outro PEC, porque as decisões tomadas e que até podem passar no Parlamento, não serão suficientes para tapar o buraco que foi criado, sobretudo por falta de oportunidade em se actuar muito antes, quando o primeiro-ministro cantava hossanas, alegando estarmos melhor do que todos os outros países da Europa.
Amanhã, se tiver essa disposição, vou ver se me dedico a falar do imenso mar que se encontra em redor da nossa costa e daquilo que é resultante de, tempos passados e não muito longínquos, termos preferido abandonar a riqueza que nos era oferecida pela Natureza, em troca de uns tostões que nos foram dados para abate da frota pesqueira que possuíamos e que foram rapidamente gastos em nem se sabe o quê. Mas que importância terá isso, face aos 6 mil e 300 milhões de euros que pagamos anualmente… SÓ DE JUROS da nossa dívida?
Como eu declaro de vez em quando, não sei se valerá a pena andar a pregar a esta gente que temos no Governo, pois que, com o seu ar de superioridade, só nos faz andar indispostos, sem saber qual seria o melhor nesta altura. É chumbar, de facto, o O.E. e obrigar essa gente a fazer as malas? Mas se depois se encaixam em lugares bem remunerados e não sofrem as consequências do péssimo serviço que prestaram ao País?
Lembrem-se bem do que deixo aqui escrito: é isso que vai suceder!...

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