sexta-feira, 15 de outubro de 2010

APERTAR O CINTO


FOI ONTEM (hoje, na altura em que escrevo) que as oposições ficaram a saber, ainda que incompletamente (como o PSD afirmou), do que constará o Orçamento de Estado que vai ser apresentado no Parlamento e que será votado pelos partidos representados naquela Casa. Por muito que se tenha explorado o resultado que irá sair de tal escrutínio, por minha parte e já há bastante tempo não sustentei grandes dúvidas de que não se verificaria a tontice de ser “chumbado”, por falta de “sins” ou de abstenções, um documento que, por muito mau que seja no que se refere a acertar em pleno nas medidas que têm de ser tomadas e que surgem com excessivo atraso, por isso agora tão pesadas que serão, pois que não há milagres e a falta de dinheiro para pagar aos credores impõe carregar as exigência, uma decisão extrema dos Opositores políticos não devem impedir que o Executivo chefiado por Sócrates apresente desculpas para se retirar de cena pelas portas do fundo. Na situação em que se encontra o País, a não aceitação do documento que vai ser apresentado pelos governantes que temos constituiria – e digo-o no condicional por que é hipótese que nunca aceitei que se verificasse - e se isso acontecer bem nos podemos preparar para suportar ainda muitos piores revezes na vida que nos é imposta.
As deduções no IRS que já se conhecem que vão ser congeladas no próximo ano, com as despesas de saúde e na educação, com sujeição a um tecto global – e muito gostam os autores das leis de utilizar termos confusos - se as mesmas forem aprovadas na A.R. constituem um pesado fardo que passa a ser suportado pelos portugueses que, pelo menos aí, sempre gozavam de uma regalia que, no final de cada ano, constituíam uma “almofada” para descontar nos impostos a pagar. E o que se vai acrescentar a isto ainda está por conhecer.
Que difícil que é convencer este Governo que, nas despesas, se bem que não cheguem para suportar a nossa Tesouraria, aí haveria que fazer uma limpeza bem profunda, pois que já há muito que chegou o momento de cortar as unhas rentes e impedir que, por tudo e por nada, se realizem almoços, jantares, festas, inaugurações que, para além dos custos com mordomias, fazem perder tempo às centenas de apaniguados que se dispõem sempre a querer dar nas vistas e a fazer afagos aos chefes, na esperança das contrapartidas que podem suscitar as suas presenças.
Preparemo-nos, pois, para não deixar folga nos furos dos cintos. E, já agora, esperemos que os que mandam abram os olhos e terminem de vez com os subsídios ditos de desemprego, os quais só provocam que sejam tão recusados trabalhos que são oferecidos e que, na altura das eventuais ofertas, os convocados não aceitam por preferir continuar a receber o que o Estado, o tal tão “teso”, lhes proporciona.
Abram os olhos oh governantes. Façam alguma coisa de útil. Se continuarem assim tão incompetentemente a manter as rédeas do poder, tudo pode vir a acontecer. E não será por ventura, apenas uma greve geral, como a que está anunciada para o dia 24 de Novembro. Quem os avisa!...

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