sábado, 31 de julho de 2010

A PASTELARIA

Gente que entra e que sai
disposta a consumir
e depois p’ra onde vai
já está pronta p’ra seguir
a vida que cada um
tem ainda pela frente
pois já não segue em jejum
levando um ar de contente

Os bolos têm saída
neste País de gulosos
e o café como bebida
de simples e de vaidosos
lá prepara para a luta
quem pouco dinheiro gasta
que a vida é uma disputa
o que se ganha não basta
É nesta pastelaria
ond’eu por vezes me sento
que até me serve de guia
p’ra poesia que eu tento
e mesmo qu’ocupe alguém
cadeira na minha mesa
a conversa me faz bem
porque saio da tristeza

O de café variar
onde vou mais a miúdo
é só p’ra desabafar
e imaginação ajuda
pois vejo gente diferente
e outras vozes eu ouço
algo que é influente
naquilo que faço e posso

Daqui da pastelaria
até ao café normal
não faz falta correria
é tudo peto afinal
é só questão de apetite
de como estiver o dia
pois preciso qu’arrebite
toda a minha fantasia



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