sexta-feira, 25 de junho de 2010

FIGUEIRA DA FOZ

No fim desse rio Mondego
que sulca por terras nossas
só não o vê quem é cego
nem descobre lindas moças
que passam junto de nós
naturais de bela zona
dessa Figueira da Foz
que a todos tanto apaixona
Figueirinha
bonitinha

Sua tão extensa praia
com o mar que bem a banha
não deixa que ninguém saia
sem um prazer que se entranha
com os olhos deslumbrados
a apreciar os seus barcos
imaginando bailados
lá na Curva de Buarcos
e cheia
de boa areia

De espanhóis se enche ela
no Verão e sem sossego
uma cidade tão bela
lá encontram aconchego
o mar, a serra e o rio
num só sítio se conjugam
e de fio a pavio
as boas casas se alugam
tanta cor
e muito amor

Foi ali que o bacalhau
pescado por nossa gente
atingiu o alto grau
e criou um ambiente
tal como roupa a secar
e na corda pendurado
absorvia o bom ar
punha um tom amarelado
boa seca
nunca peca

O seu comércio do sal
há muitos anos cidade
no centro de Portugal
não perde a sua beldade
de S.Julião igreja
que vem do século XI
não há quem nunca a veja
com os batentes em bronze
Foz tu és
e tens marés

À noite no seu casino
lá se prolonga a festa
é já outro o figurino
e a comida é bem digesta
a boa gastronomia
que a Figueira nos oferece
faz parte da simpatia
de quem tem a tal benesse
igual a nada
"és tu fada"

Se te deixo tenho pena
só me apetece voltar
a minha alma te acena
com os olhos a chorar
só não virei outra vez
se deste mundo partir
convicto estou de que crês
que me irei aí despedir
eu te juro
p’ró futuro




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