
SE NÓS PRÓPRIOS não nos conhecemos, mas fazemos questão em afirmar que não precisamos que nos expliquem como são as nossas características, terá alguma utilidade que alguém, sendo português assumido, faça uma análise independente de qualquer tipo de posição política, social ou económica e, sujeitando-se às discordâncias que sempre as há e ainda bem, expresse o seu ponto de vista e aguarde até por rectificações, apoios ou complementos que mostrem que não nos enfiamos no nosso julgamento ou até que não estamos interessados em olhar para nós próprios.
A minha maneira de observar este problema é que, por pouco que sirva tocarmos este sino, ao fim e ao cabo algum som sempre soará nos ouvidos e na consciência de uns tantos, ainda que não chegue para melhorar o comportamento das massas, pois que isso só terá possibilidade de acontecer, primeiro, se o exemplo que pode vir daqueles que têm obrigação de estar sempre atentos e não se afastarem da competência, da honestidade e do bom senso, os que se propõem ser governantes, se o seu comportamento estiver do lado da perfeição possível e, em segundo lugar, se as juventudes de hoje e as que vierem já de seguida beneficiarem de uma aprendizagem profícua da prática da Democracia. Então, talvez dentro de uma década, no mínimo, os portugueses que surgirem serão bem diferentes, para melhor, dos que actualmente ainda ocupam os seus espaços.
Hoje em dia, as nossas característica são, na verdade, muito específicas, em que a simpatia, sobretudo perante os estrangeiros, é mais do que evidente, mas dando mostras, entre os conterrâneos, de uma enorme falta de vontade de aplicar a sua actuação pessoal para contribuir para que o todo nacional se altere no bom sentido. Sempre que podemos – porque me incluo, evidentemente -, entregamo-nos nas mãos “deles”, passamos-lhes a responsabilidade de serem perfeitos, cumpridores e que actuem sempre em nosso benefício.
Por outro lado, no que respeita ao cumprimento de regras, de fazermos o mínimo de esforço para não fechar os olhos às mais pequenas obrigações que nos cabem como cidadãos, e isso em diversos capítulos, quer sendo na protecção que nos cabe do ambiente, na condução de viaturas de aplicarmos aquilo que nos foi ensinado na altura da obtenção das respectivas cartas, como seja até o fazer-se sempre o sinal quando se muda de direcção e isso para não falar nas passagens dos peões ou no aparcamento dos automóveis, mas, mesmo circulando a pé, aí também todos nós faltamos aos mínimos cuidados, se bem que, por outro lado, as autoridades camarárias, também constituída por parceiros nossos, não cuida de facilitar as condições para que os munícipes não ultrapassem os seus deveres.
Ser português é criticar os demais e não olhar para os nossos defeitos, é, no trabalho, procurar manter o emprego com o menor esforço possível e tirando as melhores proveitos dos lugares que se ocupa, como seja o uso do telefone permanentemente em utilidade pessoal e não desperdiçar todas as benesses que uma ocupação laboral lhe conceda, é sair das funções para fumar o seu cigarrito no exterior, ao mesmo tempo que sorve o seu cafezinho a conversar com os companheiros, é igualmente não aceitar que o outro pertença a um clube de futebol diferente do que é o seu preferido e, dentro desse espírito, é interferir nas opiniões alheias, impondo a sua como a autêntica, a única, discutindo por tudo e por nada e isso bem se vê no nosso Parlamento, onde, sendo constituída por elementos lusitanos, pertencer a um grupo politicamente adversária significa não merecer expor as suas ideias.
Isto um resumo do que é ser português. Ficou-nos até hoje no espírito a vivência de morarmos num pátio, onde, apesar de sermos forçados a compartir um espaço comum, muito limitado até, não mostramos capacidade para nos ajudarmos uns aos outros, por forma a que a zona onde nos movimentamos seja o mais bem organizada possível, limpa, cordata e em que um vizinho deita a mão ao do lado quando esteja nece4ssita de ajuda, por enorme que seja a diferença de pensamentos de ambos.
O pátio da nossa vida, desde que Afonso Henriques não foi capaz de se entender com a mãe e montou casa própria, pequenina e à beira-mar situada, estabeleceu uma independência e marcou características específicas ao povoléu que já cá estava e ao que veio a seguir.
Bem ou mal, somos nós portugueses os que, com defeitos e virtudes, nos vamos arrastando neste vale de lágrimas.
A minha maneira de observar este problema é que, por pouco que sirva tocarmos este sino, ao fim e ao cabo algum som sempre soará nos ouvidos e na consciência de uns tantos, ainda que não chegue para melhorar o comportamento das massas, pois que isso só terá possibilidade de acontecer, primeiro, se o exemplo que pode vir daqueles que têm obrigação de estar sempre atentos e não se afastarem da competência, da honestidade e do bom senso, os que se propõem ser governantes, se o seu comportamento estiver do lado da perfeição possível e, em segundo lugar, se as juventudes de hoje e as que vierem já de seguida beneficiarem de uma aprendizagem profícua da prática da Democracia. Então, talvez dentro de uma década, no mínimo, os portugueses que surgirem serão bem diferentes, para melhor, dos que actualmente ainda ocupam os seus espaços.
Hoje em dia, as nossas característica são, na verdade, muito específicas, em que a simpatia, sobretudo perante os estrangeiros, é mais do que evidente, mas dando mostras, entre os conterrâneos, de uma enorme falta de vontade de aplicar a sua actuação pessoal para contribuir para que o todo nacional se altere no bom sentido. Sempre que podemos – porque me incluo, evidentemente -, entregamo-nos nas mãos “deles”, passamos-lhes a responsabilidade de serem perfeitos, cumpridores e que actuem sempre em nosso benefício.
Por outro lado, no que respeita ao cumprimento de regras, de fazermos o mínimo de esforço para não fechar os olhos às mais pequenas obrigações que nos cabem como cidadãos, e isso em diversos capítulos, quer sendo na protecção que nos cabe do ambiente, na condução de viaturas de aplicarmos aquilo que nos foi ensinado na altura da obtenção das respectivas cartas, como seja até o fazer-se sempre o sinal quando se muda de direcção e isso para não falar nas passagens dos peões ou no aparcamento dos automóveis, mas, mesmo circulando a pé, aí também todos nós faltamos aos mínimos cuidados, se bem que, por outro lado, as autoridades camarárias, também constituída por parceiros nossos, não cuida de facilitar as condições para que os munícipes não ultrapassem os seus deveres.
Ser português é criticar os demais e não olhar para os nossos defeitos, é, no trabalho, procurar manter o emprego com o menor esforço possível e tirando as melhores proveitos dos lugares que se ocupa, como seja o uso do telefone permanentemente em utilidade pessoal e não desperdiçar todas as benesses que uma ocupação laboral lhe conceda, é sair das funções para fumar o seu cigarrito no exterior, ao mesmo tempo que sorve o seu cafezinho a conversar com os companheiros, é igualmente não aceitar que o outro pertença a um clube de futebol diferente do que é o seu preferido e, dentro desse espírito, é interferir nas opiniões alheias, impondo a sua como a autêntica, a única, discutindo por tudo e por nada e isso bem se vê no nosso Parlamento, onde, sendo constituída por elementos lusitanos, pertencer a um grupo politicamente adversária significa não merecer expor as suas ideias.
Isto um resumo do que é ser português. Ficou-nos até hoje no espírito a vivência de morarmos num pátio, onde, apesar de sermos forçados a compartir um espaço comum, muito limitado até, não mostramos capacidade para nos ajudarmos uns aos outros, por forma a que a zona onde nos movimentamos seja o mais bem organizada possível, limpa, cordata e em que um vizinho deita a mão ao do lado quando esteja nece4ssita de ajuda, por enorme que seja a diferença de pensamentos de ambos.
O pátio da nossa vida, desde que Afonso Henriques não foi capaz de se entender com a mãe e montou casa própria, pequenina e à beira-mar situada, estabeleceu uma independência e marcou características específicas ao povoléu que já cá estava e ao que veio a seguir.
Bem ou mal, somos nós portugueses os que, com defeitos e virtudes, nos vamos arrastando neste vale de lágrimas.
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