quarta-feira, 21 de abril de 2010

VULCÕES



NINGUÉM PODE DIZER o contrário, de que eu não sou um crítico persistente em relação ao comportamento generalizado do ser humano, acusando-o de ser o causador principal dos acontecimentos que mais inconvenientes provocam no ambiente mundial. E, por ambiente, não me limito ao ar que se respira ou a todos os prejuízos que são provocados pela acção do Homem. Vou mais longe porque, como é bem sabido, muitos factores têm influência nas condições de vida de todos os habitantes terrestres, como sejam as guerras e guerrilhas que se criam em diferentes zonas do Globo, as agora tão frequentes acções com origem nos grupos que, não constituindo países, nem por isso deixam de causar enormes danos, como são os denominados terroristas ou com outras designações de iguala significado.
O tão falado aquecimento global, com origem, como é sabido, no excesso de utilização de combustíveis com origem no petróleo, o qual não se conseguiu ainda ser limitado, apesar da Cimeira de Copenhaga, pois acabou num fracasso quanto a um acordo generalizado, aguarda ainda por mais reuniões dos principais responsáveis para poder vir a ser enfrentado como uma necessidade imperiosa se queremos, na nossa Esfera, conseguir uma vivência mais adequada às nossas necessidades.
E, para não falar já da bomba atómica que, encontrando-se também nas mãos de pequenas Nações que não prestam a garantia de resguardar o seu uso só para fins pacíficos, essa arma destruidora constitui uma ameaça que paira sobre as nossas cabeças e ninguém está em condições de garantir que não acontecerá um dia o desastre nuclear cujos efeitos são incalculavelmente de enorme destruição (a propósito, a peça de teatro de minha autoria, com o título “E a Terra, indiferente, continua rodando”, foca este tema do fim do mundo e algum dia aparecerá ao público).
Pois é agora que cabe a alusão ao caos provocado pelos efeitos do vulcão que, na Islândia, desencadeou uma catástrofe provocada pelas cinzas que se espalharam por uma larga mancha na Europa, o que deu ocasião a que, cerca de 7 milhões de passageiros de carreiras aéreas, tivessem ficado retidos nos países de onde iriam partir para outros destinos, no que foram impedidos devido a dezenas de aeroportos terem sido obrigados a encerrar os seus movimentos. E foi praticamente uma semana que obrigou tanta gente foi obrigada a alterar as suas vidas, com os prejuízos muito avultados que tal representou.
Quer dizer, portanto, que a Natureza entendeu, uma vez mais e agora através desta forma de agressão, intrometer-se na actuação dos seres humanos, podendo-se portanto tomar consciência de que alguma existe que tem mais força do que a acção do Homem, por muito que se julgue ser o único senhor das decisões terrestres, tem de estar atento a situações que não dependem da sua vontade.
O que ocorreu recentemente em diferentes partes do Mundo, no Haiti, na Madeira e antes em outras zonas com os tsunamis, os ciclones, as inundações, os maremotos, os tremores de terra e os próprios terramotos, tudo isso são acções decorrentes de “atitudes” tomadas pela Mãe Natureza e aí o Homem não tem mais que procurar o remédio para atender às vítimas humanas que não têm a quem reclamar os efeitos dos acontecimentos.
Talvez seja caso para começarmos a pensar seriamente se se justificam as questiúnculas que se “armam” permanentemente, se todas essas invejas, preconceitos e egoísmos com que se depara no dia-a-dia por parte dos habitantes do nosso Globo. Pensemos bem nisso!

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