COM TODA ESTA BUSCA que se constata afligir alguns dos políticos que se situam à frente do grupo mais responsável pelo estado em que se encontra o País, e não só esses mas também aqueles que surgem nos écrans televisivos e nos artigos de jornais a opinar sobre a forma de solucionar o grave défice nas contas públicas, um dos temas que é constantemente repetido é o da necessidade absoluta de Portugal se dedicar energicamente à exportação das suas produções, pois que, cada vez em menor escala, tem sido desenvolvida essa área que, em termos económicos, pode compensar as compras que somos obrigados a fazer no estrangeiro, como, por exemplo, os combustíveis, mas não só.
Pois bem, essa é a teoria. Mas transformar esse desejo em atitude prática já é outra conversa. Há vários meios para podermos receber dinheiros de fora, quer em divisas quer na moeda que agora pertence a toda a Europa, o Euro, e o turismo, todos o sabemos, é um meio de cá ficar o que é oriundo de países estranhos. Mas, obviamente, a colocação de produção nacional a ser consumida no exterior constitui a via mais antiga de receber a contrapartida, ou seja o produto monetário que entra e que contribui para enriquecer os cofres nacionais.
Nada disto é novidade e qualquer português, por mais afastado que se encontre dos princípios económicos, sabe que, tal como os salários, que são oriundos de fora de casa, também os pagamentos que entram pela porta dentro constituem um contributo para se poder viver melhor em família.
Agora, o que não se consegue pôr em funcionamento é a forma como se realizará esse desejo, já que está provado que os portugueses, desde os tempos em que se expulsaram os judeus do nosso País, oferecendo de mão beijada à Holanda esse privilégio, não fomos nunca capazes de dar mostras de possuir essa habilidade de vender e tal se verificou fartamente com a descoberta de “novos mundos”, em que, nem por isso, conseguimos tirar partido desse facto, como sucedeu, por exemplo, com os ingleses e com os holandeses, que apareceram em terras estranhas muito depois de nós.
Mas a mim, como já me referi concretamente a este ponto, o que me custa a entender é que, existindo por cá um organismo, antes chamado ICEP e que, desde há pouco tempo, passou a ter um acrescento de uma letra, pois agora denomina-se AICEP – esquisitices bem ao nosso modo! -, cujo objectivo, desde a sua criação, é o de abrir portas por esse mundo, por forma a indicar caminhos aos nossos produtores, a fim de que sejam facilitados os contactos para serem efectuadas posteriormente as vendas correspondentes, essa actividade nunca foi desenvolvida em moldes que correspondam às nossas necessidades e isso, digo eu que tenho acompanhado assiduamente tal actividade, por deficiência de organização e por os elementos humanos que estão inseridos em tal propósito não serem aqueles que têm características de bons vendedores. Há “doutores” a mais e “caixeiros-viajantes” a menos!
Se o Estado investisse convenientemente neste organismo, se o Ministério de Economia (que julgo ser o pelouro a que pertence o AICEP) acompanhasse convenientemente os resultados que são obtidos em cada destino e fomentasse, dentro do País, a ligação dos produtores, provavelmente os objectivos já teriam sido alcançados, incluindo o sector do turismo, posto que um os gastos excessivos no Orçamento do Estado que resultam dos diferentes escritórios abertos no estrangeiro, não são compensados com os resultados esperados, e isto também por não pertencer ao mesmo conjunto a promoção turística que, essa é feita à parte, com todos os elevados encargos que isso representa.
Mas, ao fim e ao cabo, está mais que demonstrado que as forças públicas nacionais não conseguem solucionar o problema da colocação dos nossos produtos nos mercados estrangeiros, nem mesmo quando se perfilam negócios de contrapartidas, como foram os que se proporcionaram com a compra dos tais submarinos (que negociata!), em que dispusemos da oportunidade de vender o equivalente a mil e 400 milhões de euros e nem isso fomos capazes de fazer, o que, aliás, sucedeu também com 400 milhões de euros na compra dos helicópteros e isso para não referir as compras pela TAP de aviões que, se sabe, podem ser adquiridos com as mesmas contrapartidas que nunca aproveitamos.
Então, um Sócrates, que passa a vida a gabar a sua actuação governamental, não é capaz de substituir as suas passeatas pelo norte de África e pelas suas corridinhas ridículas e pegar nestes assuntos que são de extremíssima importância para Portugal?
Enfim, é por estas e por outras que a minha esperança em assistir ainda a uma ressurreição da economia portuguesa se encontra cada vez mais longe de ser recuperada. A História desta nossa época, um dia contará como foi possível aglomerar tanta incompetência em meia dúzia de anos. E como não sou eu que mando (!), resta-me apenas assistir a um estado deplorável da actuação de cabeças que não servem para liderar nem uma mercearia, quanto mais um País.
Ficaremos desta forma per omnia seculo, seculorum… Já não serão é outros oito séculos, que a tanto não chegamos.
Pois bem, essa é a teoria. Mas transformar esse desejo em atitude prática já é outra conversa. Há vários meios para podermos receber dinheiros de fora, quer em divisas quer na moeda que agora pertence a toda a Europa, o Euro, e o turismo, todos o sabemos, é um meio de cá ficar o que é oriundo de países estranhos. Mas, obviamente, a colocação de produção nacional a ser consumida no exterior constitui a via mais antiga de receber a contrapartida, ou seja o produto monetário que entra e que contribui para enriquecer os cofres nacionais.
Nada disto é novidade e qualquer português, por mais afastado que se encontre dos princípios económicos, sabe que, tal como os salários, que são oriundos de fora de casa, também os pagamentos que entram pela porta dentro constituem um contributo para se poder viver melhor em família.
Agora, o que não se consegue pôr em funcionamento é a forma como se realizará esse desejo, já que está provado que os portugueses, desde os tempos em que se expulsaram os judeus do nosso País, oferecendo de mão beijada à Holanda esse privilégio, não fomos nunca capazes de dar mostras de possuir essa habilidade de vender e tal se verificou fartamente com a descoberta de “novos mundos”, em que, nem por isso, conseguimos tirar partido desse facto, como sucedeu, por exemplo, com os ingleses e com os holandeses, que apareceram em terras estranhas muito depois de nós.
Mas a mim, como já me referi concretamente a este ponto, o que me custa a entender é que, existindo por cá um organismo, antes chamado ICEP e que, desde há pouco tempo, passou a ter um acrescento de uma letra, pois agora denomina-se AICEP – esquisitices bem ao nosso modo! -, cujo objectivo, desde a sua criação, é o de abrir portas por esse mundo, por forma a indicar caminhos aos nossos produtores, a fim de que sejam facilitados os contactos para serem efectuadas posteriormente as vendas correspondentes, essa actividade nunca foi desenvolvida em moldes que correspondam às nossas necessidades e isso, digo eu que tenho acompanhado assiduamente tal actividade, por deficiência de organização e por os elementos humanos que estão inseridos em tal propósito não serem aqueles que têm características de bons vendedores. Há “doutores” a mais e “caixeiros-viajantes” a menos!
Se o Estado investisse convenientemente neste organismo, se o Ministério de Economia (que julgo ser o pelouro a que pertence o AICEP) acompanhasse convenientemente os resultados que são obtidos em cada destino e fomentasse, dentro do País, a ligação dos produtores, provavelmente os objectivos já teriam sido alcançados, incluindo o sector do turismo, posto que um os gastos excessivos no Orçamento do Estado que resultam dos diferentes escritórios abertos no estrangeiro, não são compensados com os resultados esperados, e isto também por não pertencer ao mesmo conjunto a promoção turística que, essa é feita à parte, com todos os elevados encargos que isso representa.
Mas, ao fim e ao cabo, está mais que demonstrado que as forças públicas nacionais não conseguem solucionar o problema da colocação dos nossos produtos nos mercados estrangeiros, nem mesmo quando se perfilam negócios de contrapartidas, como foram os que se proporcionaram com a compra dos tais submarinos (que negociata!), em que dispusemos da oportunidade de vender o equivalente a mil e 400 milhões de euros e nem isso fomos capazes de fazer, o que, aliás, sucedeu também com 400 milhões de euros na compra dos helicópteros e isso para não referir as compras pela TAP de aviões que, se sabe, podem ser adquiridos com as mesmas contrapartidas que nunca aproveitamos.
Então, um Sócrates, que passa a vida a gabar a sua actuação governamental, não é capaz de substituir as suas passeatas pelo norte de África e pelas suas corridinhas ridículas e pegar nestes assuntos que são de extremíssima importância para Portugal?
Enfim, é por estas e por outras que a minha esperança em assistir ainda a uma ressurreição da economia portuguesa se encontra cada vez mais longe de ser recuperada. A História desta nossa época, um dia contará como foi possível aglomerar tanta incompetência em meia dúzia de anos. E como não sou eu que mando (!), resta-me apenas assistir a um estado deplorável da actuação de cabeças que não servem para liderar nem uma mercearia, quanto mais um País.
Ficaremos desta forma per omnia seculo, seculorum… Já não serão é outros oito séculos, que a tanto não chegamos.
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