NÃO VALE A PENA termos aspirações de que o problema encontra, aqui, no nosso País, a solução que se gostaria de conhecer, porque, como é sabido, sempre que se trata de descobrir falcatruas que têm ligações ao alto poder nacional, que mete personalidades que dispõem de meios e de influências bastantes para fazer parar todas as investigações, sejam elas sujeitas a que departamento jurídico ou judiciário for, é sabido que nada avança e passam os tempos, por mais longos que eles sejam, e tudo fica coberto pelo silêncio e a própria demora, muitas vezes de anos, faz afastar o interesse, até porque, entretanto, apareceu outro caso do mesmo estilo e repetem-se todas a manigâncias para não se descobrir nada e não serem encontrados culpados. Os beneficiados, se os há, com os subornos que uma revista alemã, “Der Spiegel”, denunciou, antecipando-se a qualquer notícia na Imprensa portuguesa.
Para o Partido Socialista e, em especial, no que diz respeito a José Sócrates, esta “bronca” agora desenterrada calha que nem canja, posto que, tanto o CDS como o PSD, por lhes caber a quota parte mais importante, dado que eram Governo na época – Barroso e Santana Lopes seguidos –, têm de baixar o tom das críticas até hoje desenvolvidas e, por isso, não têm mais remédio senão contemplar que o desenvolvimento do dito tema náutico está a ofuscar, tanto quanto for possível, os “Freeports” e as “Face Ocultas” que muito têm arreliado o “engenheiro”, também com este título académico massacrado.
Pois, já que ninguém faz caso das indignações que deveriam ser manifestadas pelos portugueses comuns, segundo se verifica que lhes interessa muito mais o que se passa nos futebóis, por isso mesmo, nesta era dos blogues haja quem não se conforme e deposite nos seus espaços o que revolta qualquer cidadão que bem gostaria de viver num País onde a justiça, a dos Tribunais e a dos sentimentos, não fosse um exercício vão.
Tenho evitado referir-me ao caso dos submarinos, por muitas razões, uma delas porque, apesar de se tratar de um acontecimento que envolve à volta de 880 milhões de euros ainda não se tinha verificado, ao longo de seis anos que decorreram desde que a encomenda foi executada aos alemães, qualquer movimento governamental que procurasse pôr a limpo tamanha “borrada”, e só agora, provavelmente porque foi descoberto nesta caso uma “bronca” que pode distrair os cidadãos para outras preocupações actuais, é que saiu à liça o assunto que, por sinal, não tem o Partido Socialista envolvido, porque o Governo na altura da encomenda estava nas mãos de outra força política. E depois, porque a figura que fazia o papel de ministro da Defesa, logo quem assinou o contrato de compra dos dois “monstros”, em valor e em empecilhos na nossa Marinha, é a de Paulo Portas, a quem me ligam dois factos que interferem na divulgação da minha opinião: a de ter sido eu quem autorizou que lhe fosse dado o primeiro emprego, quando ainda era estudante, no semanário “Tempo”, de que eu era subdirector e dei autorização ao chefe de Redacção para o experimentar na estreia do jornalismo, muito embora essa minha determinação tivesse coincidido com a minha saída para fundar outro semanário, “o País”, e também, não menos importante, porque sou amigo de sua Mães, uma Senhora que me merece o maior respeito.
Mas, nesta altura, tratando-se já de um problema que nada justifica que se mantenha na obscuridade, acabo por dedicar algum espaço ao tema. Não consigo ficar mais tempo no silêncio.
Já nem vou ao ponto de querer saber quem embolsou, como se suspeita, muitos milhões com a decisão tomada de serem comprados dois submarinos para fazerem parte da nossa esquadra, dado que, sem nenhuma espécie de dúvida, o que teria de ser a última opção que tomaria qualquer governante com boa cabeça, já não só pelo seu elevado custo mas, acima de tudo, porque a necessidade que temos na nossa larga costa é de navios de grande velocidade para fiscalizar as entradas de todo o tipo de produtos e mercadorias que constituem enorme poluição quer alfandegaria quer na área dos estupefacientes, sobretudo destes, essa decisão de fim de linha é que constitui motivo para nos perguntarmos o que terá passado pela cabeça de quem decidiu, em última análise, tal aquisição. Eu, se tivesse sido escolhido para ocupar o cargo de ministro da Defesa, dado que tenho consciência que se trata de uma área que se encontra absolutamente fora do meu domínio, não teria aceite. Mas, Paulo Portas, que está sempre disponível para assumir funções que ele considera ser capaz de dominar – e assim, desde que o conheci como estudante ainda, tem sido vista a sua ascensão nas múltiplas actividades por que tem seguido -, não hesitou em desempenhar um lugar que, ao contrário do que ele faz hoje, naquela altura ou mesmo agora, não se situava dentro da sua capacidade de executar bem o papel que lhe foi proposto.
Por isso, antes de me preocupar em saber quem arrecadou, parece que alguma coisa que anda na casa de mais de um milhão de euros, mesmo tendo em conta que a aquisição dos tais animais marítimos pretendia obrigari por parte dos fornecedores, de adquirirem no mercado português produtos de origem nacional (mas nunca ficou esclarecido que tipo de mercadorias do nosso fabrico ou produção poderiam equivaler-se ao custo monstruoso dos referidos submarinos, o que resultou, até agora, que nada ou muito pouco foi concretizado), a verdade é que se tratou de um contrato redigido sem as devidas precauções, admitindo-se até que, se tal tivesse sucedido, provavelmente os vendedores “tedescos” não teria aceite a encomenda.
Tenho muita pena Paulo Portas, mas quem se perfila sempre com um ar muito explícito em causas que o colocam na oposição aos Governos, o que, reconheço, faz com certa mestria, ainda que nem sempre com razão, não é desculpável que, numa posição como a que exerceu num Governo, tivesse sido tão leviano, ocasionando que, nesta altura agora, tenha perdido bastante autoridade para discutir os erros de Sócrates, o que é uma pena, pois o actual primeiro-ministro não merece ajudas. E essa, a dos submarinos, é das maiores provas de incompetência que se têm verificado em Portugal.
Por fim e à última hora, chegou a notícia, ainda por confirmar no momento em que escrevo, que o Governo vai interferir no sentido de anular o contrato de compra dos submarinos, embora exista a consciência da dificuldade em dar esse passo, pois que, repete-se, o documento efectuado, apesar de ter sido preparado por um gabinete de advogados que bem cara debitou a sua actuação, não será facilmente considerado nulo. Vamos a ver o que dá isto tudo… pois “temos para peras” este assunto que vai entreter o PS e manter em algum sentido as Oposições de direita…
Para o Partido Socialista e, em especial, no que diz respeito a José Sócrates, esta “bronca” agora desenterrada calha que nem canja, posto que, tanto o CDS como o PSD, por lhes caber a quota parte mais importante, dado que eram Governo na época – Barroso e Santana Lopes seguidos –, têm de baixar o tom das críticas até hoje desenvolvidas e, por isso, não têm mais remédio senão contemplar que o desenvolvimento do dito tema náutico está a ofuscar, tanto quanto for possível, os “Freeports” e as “Face Ocultas” que muito têm arreliado o “engenheiro”, também com este título académico massacrado.
Pois, já que ninguém faz caso das indignações que deveriam ser manifestadas pelos portugueses comuns, segundo se verifica que lhes interessa muito mais o que se passa nos futebóis, por isso mesmo, nesta era dos blogues haja quem não se conforme e deposite nos seus espaços o que revolta qualquer cidadão que bem gostaria de viver num País onde a justiça, a dos Tribunais e a dos sentimentos, não fosse um exercício vão.
Tenho evitado referir-me ao caso dos submarinos, por muitas razões, uma delas porque, apesar de se tratar de um acontecimento que envolve à volta de 880 milhões de euros ainda não se tinha verificado, ao longo de seis anos que decorreram desde que a encomenda foi executada aos alemães, qualquer movimento governamental que procurasse pôr a limpo tamanha “borrada”, e só agora, provavelmente porque foi descoberto nesta caso uma “bronca” que pode distrair os cidadãos para outras preocupações actuais, é que saiu à liça o assunto que, por sinal, não tem o Partido Socialista envolvido, porque o Governo na altura da encomenda estava nas mãos de outra força política. E depois, porque a figura que fazia o papel de ministro da Defesa, logo quem assinou o contrato de compra dos dois “monstros”, em valor e em empecilhos na nossa Marinha, é a de Paulo Portas, a quem me ligam dois factos que interferem na divulgação da minha opinião: a de ter sido eu quem autorizou que lhe fosse dado o primeiro emprego, quando ainda era estudante, no semanário “Tempo”, de que eu era subdirector e dei autorização ao chefe de Redacção para o experimentar na estreia do jornalismo, muito embora essa minha determinação tivesse coincidido com a minha saída para fundar outro semanário, “o País”, e também, não menos importante, porque sou amigo de sua Mães, uma Senhora que me merece o maior respeito.
Mas, nesta altura, tratando-se já de um problema que nada justifica que se mantenha na obscuridade, acabo por dedicar algum espaço ao tema. Não consigo ficar mais tempo no silêncio.
Já nem vou ao ponto de querer saber quem embolsou, como se suspeita, muitos milhões com a decisão tomada de serem comprados dois submarinos para fazerem parte da nossa esquadra, dado que, sem nenhuma espécie de dúvida, o que teria de ser a última opção que tomaria qualquer governante com boa cabeça, já não só pelo seu elevado custo mas, acima de tudo, porque a necessidade que temos na nossa larga costa é de navios de grande velocidade para fiscalizar as entradas de todo o tipo de produtos e mercadorias que constituem enorme poluição quer alfandegaria quer na área dos estupefacientes, sobretudo destes, essa decisão de fim de linha é que constitui motivo para nos perguntarmos o que terá passado pela cabeça de quem decidiu, em última análise, tal aquisição. Eu, se tivesse sido escolhido para ocupar o cargo de ministro da Defesa, dado que tenho consciência que se trata de uma área que se encontra absolutamente fora do meu domínio, não teria aceite. Mas, Paulo Portas, que está sempre disponível para assumir funções que ele considera ser capaz de dominar – e assim, desde que o conheci como estudante ainda, tem sido vista a sua ascensão nas múltiplas actividades por que tem seguido -, não hesitou em desempenhar um lugar que, ao contrário do que ele faz hoje, naquela altura ou mesmo agora, não se situava dentro da sua capacidade de executar bem o papel que lhe foi proposto.
Por isso, antes de me preocupar em saber quem arrecadou, parece que alguma coisa que anda na casa de mais de um milhão de euros, mesmo tendo em conta que a aquisição dos tais animais marítimos pretendia obrigari por parte dos fornecedores, de adquirirem no mercado português produtos de origem nacional (mas nunca ficou esclarecido que tipo de mercadorias do nosso fabrico ou produção poderiam equivaler-se ao custo monstruoso dos referidos submarinos, o que resultou, até agora, que nada ou muito pouco foi concretizado), a verdade é que se tratou de um contrato redigido sem as devidas precauções, admitindo-se até que, se tal tivesse sucedido, provavelmente os vendedores “tedescos” não teria aceite a encomenda.
Tenho muita pena Paulo Portas, mas quem se perfila sempre com um ar muito explícito em causas que o colocam na oposição aos Governos, o que, reconheço, faz com certa mestria, ainda que nem sempre com razão, não é desculpável que, numa posição como a que exerceu num Governo, tivesse sido tão leviano, ocasionando que, nesta altura agora, tenha perdido bastante autoridade para discutir os erros de Sócrates, o que é uma pena, pois o actual primeiro-ministro não merece ajudas. E essa, a dos submarinos, é das maiores provas de incompetência que se têm verificado em Portugal.
Por fim e à última hora, chegou a notícia, ainda por confirmar no momento em que escrevo, que o Governo vai interferir no sentido de anular o contrato de compra dos submarinos, embora exista a consciência da dificuldade em dar esse passo, pois que, repete-se, o documento efectuado, apesar de ter sido preparado por um gabinete de advogados que bem cara debitou a sua actuação, não será facilmente considerado nulo. Vamos a ver o que dá isto tudo… pois “temos para peras” este assunto que vai entreter o PS e manter em algum sentido as Oposições de direita…
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