COMO EU GOSTAVA de poder entrevistar em plena televisão o nosso José Sócrates. Garanto que não o iria acusar de nenhuma falta, que não faria o papel de julgador, que não faria qualquer exclamação perante alguma afirmação que o primeiro-ministro entendesse demonstrar. Não senhor, nada disso. Só faria perguntas e, naturalmente, se o entrevistado abusasse das repetições de elogios à sua obra, nessas circunstâncias chamá-lo-ia à realidade e pedia-lhe para não insistir em elogios em boca própria. Que o que tinha que fazer era só responder às minhas perguntas.
Agora, o que eu levaria era um trabalho de casa o melhor preparado possível, pois que muita matéria existe que pode ser apresentada ao responsável do Governo e a que o mesmo tem obrigação ou, pelo menos, o dever de esclarecer os portugueses, libertando-o também a ele de uma série longa de acusações surdas que, ao não serem esclarecidas, constituem uma permanente mancha negra que paira sobre a sua cabeça. Quem sabe se sem razão para tanto.
Uma das questões que lhe apresentaria era a de se não o incomodava que umas tantas figuras que se pavoneiam no nosso ambiente nacional e que usufruem de escandalosas remunerações em empresas que, de algum modo, têm dependência do erário estatal. A notícia que foi divulgada recentemente de que António Mexia, presidente da EDP, recebeu 3,1 milhões de euros no ano de 2009, o que deu 8.500 euros por dia, não passou, obviamente, sem conhecimento de Sócrates. E mesmo que o poder do número do Governo não chegue para pôr cobro a estas monstruosidades, no mínimo o que se esperaria era que se ouvisse da sua boca algum comentário que desse mostras aos cidadãos nacionais, que se arrastam pelo País a lutar com as maiores dificuldades de sobrevivência, de que, da sua parte, era visível um claro descontentamento.
Por outro lado, também os restantes administradores da empresa EDP levaram para casa cerca de 17 milhões de euros como remunerações e outros atributos em 2009, acrescentando-se a esta pouca vergonha o caso da ZON, que tanta publicidade faz nas televisões para tentar aumentar os seus ganhos, e cujos administradores arrecadaram 4,8 milhões de euros.
Mas será “apenas” isto? É claro que não! Para além do muito que não chega ao conhecimento público, aquilo que se consegue ir sabendo diz que há de tudo, os que recebem fortunas e aqueles que, não tendo excessiva interferência no andamento das tais empresas, lá vão depositando nas suas contas verbas também apreciáveis. Por exemplo, o advogado Daniel Proença de Carvalho, por ser “chairman” da mesma firma, recebeu, de uma só vez, 250 mil euros, e, na Controlinvesta, Joaquim Oliveira teve direito a 21 mil por ser vogal não executivo da mesma empresa. Mas, já Rodrigo Costa teve direito a 3.500 por dia, isso para além de 300 mil de prémio de exercício, os quais juntou a 347 mil por prémios referentes a “exercícios anteriores”.
Mas a lista de “felizardos” com estes tipos de benesses, não se fica por aqui. A relação é longa e nem todos (ou até bem poucos) são assinalados publicamente.
E já agora, dado que se levantou nesta altura a questão de fazer referência aos inúmeros projectos de engenharia de casas na zona da Guarda que Sócrates executou (ou só assinou, o que á no mesmo), quando já exercia funções de deputado – o que não é autorizado -, também viria esta questão à baila, como acréscimo das inúmeras faltas que há a apontar ao governante.
Ora aí está o que faria parte das inúmeras perguntas que apresentaria a José Sócrates e não só deste tipo mas de muitos outros temas que andam na boca dos portugueses mas que nenhum entrevistador tem sido capaz de propor ao primeiro ministro.
O mais provável, porém, é que o visado, ao tomar conhecimento de que seria eu a colocar-me na sua frente e com a fama de independente que eu sempre tive e mantenho, nessas circunstâncias não aceitaria dar a entrevista. Digo eu…
Agora, o que eu levaria era um trabalho de casa o melhor preparado possível, pois que muita matéria existe que pode ser apresentada ao responsável do Governo e a que o mesmo tem obrigação ou, pelo menos, o dever de esclarecer os portugueses, libertando-o também a ele de uma série longa de acusações surdas que, ao não serem esclarecidas, constituem uma permanente mancha negra que paira sobre a sua cabeça. Quem sabe se sem razão para tanto.
Uma das questões que lhe apresentaria era a de se não o incomodava que umas tantas figuras que se pavoneiam no nosso ambiente nacional e que usufruem de escandalosas remunerações em empresas que, de algum modo, têm dependência do erário estatal. A notícia que foi divulgada recentemente de que António Mexia, presidente da EDP, recebeu 3,1 milhões de euros no ano de 2009, o que deu 8.500 euros por dia, não passou, obviamente, sem conhecimento de Sócrates. E mesmo que o poder do número do Governo não chegue para pôr cobro a estas monstruosidades, no mínimo o que se esperaria era que se ouvisse da sua boca algum comentário que desse mostras aos cidadãos nacionais, que se arrastam pelo País a lutar com as maiores dificuldades de sobrevivência, de que, da sua parte, era visível um claro descontentamento.
Por outro lado, também os restantes administradores da empresa EDP levaram para casa cerca de 17 milhões de euros como remunerações e outros atributos em 2009, acrescentando-se a esta pouca vergonha o caso da ZON, que tanta publicidade faz nas televisões para tentar aumentar os seus ganhos, e cujos administradores arrecadaram 4,8 milhões de euros.
Mas será “apenas” isto? É claro que não! Para além do muito que não chega ao conhecimento público, aquilo que se consegue ir sabendo diz que há de tudo, os que recebem fortunas e aqueles que, não tendo excessiva interferência no andamento das tais empresas, lá vão depositando nas suas contas verbas também apreciáveis. Por exemplo, o advogado Daniel Proença de Carvalho, por ser “chairman” da mesma firma, recebeu, de uma só vez, 250 mil euros, e, na Controlinvesta, Joaquim Oliveira teve direito a 21 mil por ser vogal não executivo da mesma empresa. Mas, já Rodrigo Costa teve direito a 3.500 por dia, isso para além de 300 mil de prémio de exercício, os quais juntou a 347 mil por prémios referentes a “exercícios anteriores”.
Mas a lista de “felizardos” com estes tipos de benesses, não se fica por aqui. A relação é longa e nem todos (ou até bem poucos) são assinalados publicamente.
E já agora, dado que se levantou nesta altura a questão de fazer referência aos inúmeros projectos de engenharia de casas na zona da Guarda que Sócrates executou (ou só assinou, o que á no mesmo), quando já exercia funções de deputado – o que não é autorizado -, também viria esta questão à baila, como acréscimo das inúmeras faltas que há a apontar ao governante.
Ora aí está o que faria parte das inúmeras perguntas que apresentaria a José Sócrates e não só deste tipo mas de muitos outros temas que andam na boca dos portugueses mas que nenhum entrevistador tem sido capaz de propor ao primeiro ministro.
O mais provável, porém, é que o visado, ao tomar conhecimento de que seria eu a colocar-me na sua frente e com a fama de independente que eu sempre tive e mantenho, nessas circunstâncias não aceitaria dar a entrevista. Digo eu…
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