
CADA VEZ que se assiste, num programa semanal da SIC denominado “o Plano Inclinado”, ao que dizem três economistas portugueses de reputação inegável, Medina Carreira, João Duque e Silva Lopes, sobre o estado da Nação, temos de concluir que o que se apronta para ocorrer num próximo futuro, logo ainda nos nossos dias mas, sobretudo, quanto ao que os nossos descendentes vão encontrar quando lhes chegar às mãos a responsabilidade de acarretar sobre os ombros a herança que os actuais governantes lhes deixam, esse panorama não pode ser mais dramático e a vontade que nos fica de permanecermos a vida que ainda nos resta neste rectângulo e de convencermos a juventude actual para que arranje energias que cheguem para o que tiver de enfrentar, tudo isso não pode obedecer a uma atitude de honestidade e de patriotismo, pois que corresponde a seguirmos o exemplo dos políticos que nos estão a governar e que é o de afirmarem que há países que se encontram pior dos que nós e que, por cá, só os pessimistas é que não aceitam os benefícios que têm surgido pelas mãos dos que conseguem algo que a ingratidão das oposições não reconhece.
Fartos destes quadros cor-de-rosa para “inglês ver” estamos nós. Mas o certo é que não podemos fazer nada para contrariar o caminho que somos forçados a percorrer, mesmo vendo o fundo da linha a ameaçar-nos com a queda e não podendo deixar de dar razão ao que os mestres da economia nos dizem, naquele programa televisivo e nos comentários escritos que a comunicação social nos oferece constantemente.
Os portugueses encontram-se perante uma situação como a daqueles doentes com uma epidemia já em estado desesperado, em que os médicos afirmam não poder fazer nada para evitar o derradeiro momento, e em que todos os dias os sintomas são cada vez mais nítidos de que nada se pode fazer e que, talvez, só uma mudança de hospital e de remédios, com operações decisivas mas altamente perigosas, com uma reza aos santos milagreiros ou utilizando qualquer uma dessas medidas em último extremo é que provavelmente se produza o milagre. Só que, o clínico de serviço à cabeceira, aquele que entendeu tomar conta dos enfermos em exclusividade e tapou todas as possibilidades de aparecerem outros técnicos com eventuais soluções, esse, mantendo-se no lugar, continua a alimentar esperanças de que o problema vai ser resolvido. E as famílias, na falta de confiança em que outras mãos sejam capazes de salvar o seu parente, vão mantendo, ainda que cada vez menos, uma réstia de fé, suficiente para ir mantendo os técnicos de medicina com medo de que seja pior a emenda do que o soneto.
A pergunta que, no caso real que vivemos, tem de ser feita, é como é que Portugal se vai livrar da calamidade que acarreta e que, não sendo igual ainda ao que está a suceder à Grécia – o que constitui a consolação de Sócrates e do seu ministro das Finanças -, já se apresenta como sendo de extrema gravidade.
O PEC foi finalmente apresentado. Mas o que o Governo não consegue demonstrar é uma atitude que retire quaisquer dúvidas quanto às medidas de economia feroz nos gastos públicos. Todos nós, cidadãos, conhecemos situações que, à nossa volta, nos saltam sobre as despesas que os cidadãos suportam e que bem poderiam acabar drasticamente, podendo ser cada uma de pouca importância, mas que, no total do País, representam verbas de grande volume.
Os portugueses têm de saber a verdade. Não lhes pode ser escondido que o seu futuro, mesmo o próximo, não é nada apetecível. Só que os governantes não são capazes de falar verdade. Vivem agarrados à mentira. E nisso, Sócrates é o campeão!...
Fartos destes quadros cor-de-rosa para “inglês ver” estamos nós. Mas o certo é que não podemos fazer nada para contrariar o caminho que somos forçados a percorrer, mesmo vendo o fundo da linha a ameaçar-nos com a queda e não podendo deixar de dar razão ao que os mestres da economia nos dizem, naquele programa televisivo e nos comentários escritos que a comunicação social nos oferece constantemente.
Os portugueses encontram-se perante uma situação como a daqueles doentes com uma epidemia já em estado desesperado, em que os médicos afirmam não poder fazer nada para evitar o derradeiro momento, e em que todos os dias os sintomas são cada vez mais nítidos de que nada se pode fazer e que, talvez, só uma mudança de hospital e de remédios, com operações decisivas mas altamente perigosas, com uma reza aos santos milagreiros ou utilizando qualquer uma dessas medidas em último extremo é que provavelmente se produza o milagre. Só que, o clínico de serviço à cabeceira, aquele que entendeu tomar conta dos enfermos em exclusividade e tapou todas as possibilidades de aparecerem outros técnicos com eventuais soluções, esse, mantendo-se no lugar, continua a alimentar esperanças de que o problema vai ser resolvido. E as famílias, na falta de confiança em que outras mãos sejam capazes de salvar o seu parente, vão mantendo, ainda que cada vez menos, uma réstia de fé, suficiente para ir mantendo os técnicos de medicina com medo de que seja pior a emenda do que o soneto.
A pergunta que, no caso real que vivemos, tem de ser feita, é como é que Portugal se vai livrar da calamidade que acarreta e que, não sendo igual ainda ao que está a suceder à Grécia – o que constitui a consolação de Sócrates e do seu ministro das Finanças -, já se apresenta como sendo de extrema gravidade.
O PEC foi finalmente apresentado. Mas o que o Governo não consegue demonstrar é uma atitude que retire quaisquer dúvidas quanto às medidas de economia feroz nos gastos públicos. Todos nós, cidadãos, conhecemos situações que, à nossa volta, nos saltam sobre as despesas que os cidadãos suportam e que bem poderiam acabar drasticamente, podendo ser cada uma de pouca importância, mas que, no total do País, representam verbas de grande volume.
Os portugueses têm de saber a verdade. Não lhes pode ser escondido que o seu futuro, mesmo o próximo, não é nada apetecível. Só que os governantes não são capazes de falar verdade. Vivem agarrados à mentira. E nisso, Sócrates é o campeão!...
Sem comentários:
Enviar um comentário