sábado, 20 de março de 2010

HOMENS ZANGADOS


É VERDADE que não é só de hoje, pois o Homem, desde os primórdios da sua existência, tem dado mostras claras de não se sentir confortável quando o parceiro concorre com feitos e palavras que não condizem com a sua forma de pensar e portanto não são do seu agrado, mas, ao chegarmos a este ponto da vida humana, com todos os avanços da ciência e da tecnologia, em pleno século XXI, e em que o auge da discórdia atingiu um nível que será difícil prever como será solucionado, é caso para pensarmos que o futuro que se perfila não promete que a tal Democracia, a menos má das políticas de que tanto se fala e de que tão mal se pratica, consiga que os “patrões” das diferentes frentes mundiais nas áreas da política, da religião, da economia, dos países que se espalham pela Terra, controle os que têm a responsabilidade de tornar a vida mais serena de todos os habitantes espalhados pelo Globo.
É longa esta entrada, mas a intenção foi deixar claro que tem de existir preocupação no que respeita ao caminhar dos seres humanos nos anos que se apresentam pela frente, dado que, especialmente neste último quinquénio, com a difícil crise que resolveu atacar todo o nosso Planeta e que, já pela segunda vez na História dos homens – a outra foi em 1929, mas com menor extensão -, o que já não corria bem para a maioria das populações das classes baixas e, sobretudo, das de grande pobreza, que é sempre a que luta com mais dificuldades para se manter, tem vindo a mostrar-se quase insustentável e não dá mostras de inverter a tendência, pelo menos nos anos mais próximos. E, no meu blogue de anteontem dei o meu parecer sobre a situação.
Mas, não é verdade, que as lutas, algumas sangrentas e com uma violência bem demonstrada, que persistem em suceder em diferentes partes do Mundo, e bastantes delas por razões que seriam facilmente resolúveis se os seus intervenientes não se odiassem ferozmente, não têm fim e, pelo contrário, têm todo o aspecto de pretenderem prosseguir até nem se sabe quando? O que ocorre há imensos anos, nos confrontos que envolvem palestinianos e israelitas não é bem a demonstração de que não é visível vontade dos homens se entenderem? E, não sendo só aí, tendo como base aparente razões de índole religiosa, mas quando não é essa a razão outras se inventam para colocar frente-a-frente defensores de ideias desiguais? Será que está completamente afastada a hipótese de alguma Nação de segundo plano, com a divulgação que já não se esconde da posse de elementos atómicos que antes só se encontravam nas mãos de duas nações responsáveis, não seja atraída pela raiva e não despolete essa arma tão destruidora e seja a causadora de uma catástrofe mundial pavorosa?
Mas, pondo de lado tamanhos horrores e falando-se agora apenas do nosso País, que é o que temos à porta, também se pode fazer a interrogação se, por cá, estamos todos de mãos dadas a tentar solucionar os problemas de ordem financeira, económica e social que se situam na base principal das dificuldades que atravessamos, para não falar também das políticas, que essas provêm das ambições e das vaidades dos participantes? A resposta é conhecida.
E, já agora, um apontamento de passagem que vem justificar que o Homem é o único causador dos confrontos de toda a espécie que têm lugar seja onde for onde vivamos e que prova à saciedade que somos nós, os humanos, quem não fazemos o essencial para terminar com os conflitos, mesmo aqueles de pátio, como será considerado este que vou enunciar: é que, embora possa parecer ridículo levantar esta questão minúscula, aqui a deixo como mero exemplo: então, a greve que se anuncia dos pilotos da TAP, desses profissionais que auferem mensalmente uma média de 8.600 euros por mês, e em que, fechando os olhos aos baixos salários médios da generalidade dos portugueses (não falo aqui dos escândalos conhecidos), exigem um aumento?
Perante este caso, insignificante face ao que pode vir a acontecer no mundo em que habitamos, nem tem cabimento continuar a escrever sobre este caso nacional nem com todas as socrotices que suportamos diariamente. São tudo “mixarias”!

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