terça-feira, 30 de março de 2010

GENTE A SÉRIO?


DIGAM-ME LÁ se nós, portugueses, somos todos assim. Refiro-me, está bem de ver, à maioria, porque os restantes, os “chatos”, os que se podem considerar mais ou menos perfeitos, esses não contam para efeitos de apreciação global.
Eu sei que os jornais, uns tantos, tiram partido da insuficiência mental daqueles que se dedicam a ler com entusiasmo determinadas “notícias” que só podem chamar a atenção a quem, de facto, não encontra outros motivos de maior interesse para preencher a sua curiosidade, pois, com franqueza, há que ter uma certa pena dos que, com tantos problemas sérios que têm de nos afligir cá por este nosso País, ainda dedicam algum tempo a assuntos que não merecem nem sequer a leitura dos títulos.
Então, que pode chamar a atenção dos portugueses para o caso agora divulgado da ex-mulher de Pinto da Costa ter voltado a casar com o seu ex-marido?
Eu, por mim, entendo que os periódicos deveriam pôr ponto final em todas as referências que são feitas a essa figura que, não se sabe bem porquê, é, sobretudo nas televisões, denominado pelo seu nome completo: Jorge Nuno Pinto da Costa. É que, na maioria das situações, ou se dão notícias de tipo amoroso do homem ou então são aproveitadas as frequentes afirmações que saem da boca do “homem do Porto” e, tal como sucede com Jardim, da Madeira, são aproveitadas pelas suas características bizarras, por vezes ofensivas, ou, no mínimo, sem a menor base de senso que um responsável, seja ele de que tipo for, não deve perder de vista.
Como complemento desta referência, eu reafirmo o que já disse aqui neste espaço: independentemente do espaços reservado por certa comunicação social no que se refere ao relacionamento de ordem pessoal do Pinto da Costa, no capítulo da sua actividade como presidente de um clube de futebol, tal como o Alberto João, na sua qualidade de presidente do Governo da Madeira, se, num caso, eu fosse adepto do Futebol Clube do Porto e, no outro, se me coubesse ser um habitante da Ilha da Madeira, provavelmente eu seria adepto destas duas figuras, pois, parece não haver grandes dúvidas de que ambos têm cumprido com agrado os lugares que ocupam, e essa circunstância permite desculpar-se a falta de condições de ambos para serem capazes de terem o chamado tento na língua.
Agora, que qualquer deles – e, no que se refere a Jardim, não há motivos para se lhe apontar algum desvio – tenha mudado de amores, que os filhos casem ou descasem, que sejam vistos com alguma nova parceira, que mude de casa ou se mantenha na mesma, tudo isso não deveria constituir razão para ocupar espaço nos jornais ou nas televisões. Não faz a menor diferença seja a quem seja.Mas, infelizmente, nós, portugueses, bastantes, apesar de tudo, talvez para disfarçar as más notícias de ordem social e económica que nos afectam diariamente, não deixamos de dar importância a essas “notícias” de pátio que nos querem enfiar pela cabeça dentro. Nem haveria outra forma de dizer isto!

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