sábado, 13 de fevereiro de 2010

DURÃO BARROSO CONTINUA


BARROSO conseguiu a reeleição para presidente da comissão europeia, como também viu a sua nova comissão obter um largo apoio do Parlamento, apesar de algumas críticas e exigências que, nestes casos são até naturais e desejáveis. Quer dizer, Durão Barroso obteve na Europa aquilo que lhe faltou quando exerceu as funções de primeiro-ministro em Portugal. Tal como os nossos emigrantes, distinguiu-se pela sua actuação acertada no estrangeiro, quando aqui, na sua Terra, não deixou saudades e foi mesmo o princípio da continuidade que veio depois e se mantém ainda hoje de governações sucessivas que têm conduzido o País à situação que hoje atravessa. Com a crise tornou-se tudo mais difícil, é verdade, mas mesmo sem ela não estaríamos a gozar de uma vida desafogada, também não é mentira.
Mas, nas suas funções que desempenha no grupo concreto do Continente Europeu, há que dizer que perdeu, nos últimos momentos, alguma capacidade de liderança, tendo utilizado certas manobras de equilíbrio para conseguir ir mantendo alguma aceitação por parte de todos os membros da Comunidade. Por isso se espera que, nesta reeleição, venha agora com maior espírito empreendedor e consiga provocar uma maior união entre todos os membros de um conjunto que só se compreende a sua existência se se verificar uma união de interesses e uma força que possa fazer frente às contrariedades que estão bem presentes nesta altura.
A legitimidade democrática de que goza novamente o português Barroso não lhe dá margem para desculpas, se não conseguir dirigir uma orquestra que não pode desafinar. Todos os seus membros, cada um com o instrumento que lhe cabe, têm que encontrar a harmonia para que não sejam dadas fífias.
Nós por cá apenas podemos desejar que o nome de Durão Barroso fique registado pelo seu bom trabalho e que o período que vai ocorrer durante esta nova eleição deixe o nome de Portugal, ao menos aí, sobressaído do panorama europeu. E a ambição nacional é também a de que os nossos deputados em Bruxelas dêem mostras de ser capazes de não fazer má figura. Pelo menos, que não se repitam as queixinhas que fez recentemente o representante do PSD e também agora candidato às eleições para presidente desse grupo partidário, pois não é no Parlamento Europeu que se têm de debater os problemas internos do nosso País e quem não tem o bom senso necessário para entender esse princípio básico, então que regresse a casa… e se explique.

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