sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

ALGARVE - GANGS



É CERTO que as coisas não estão bem para a maioria dos portugueses – e isto se falarmos apenas de nós -, mas que não sejamos capazes de solucionar os problemas, aqueles que estão mais à mão das possibilidades dos governantes, que contemplemos os erros e não sejamos capazes de, no mínimo, dar a cara publicamente e mostrar que estão a ser tomadas medidas urgentes para que se solucionem as situações que estão a provocar danos em várias áreas nacionais, isso é que merece ser criticado por todos nós e os que dispõem deste meio dos blogues devem fazê-lo com a revolta que lhes tem de ir no íntimo.
Refiro-me à série de pesadelos que estão a ocorrer na zona mais turística de Portugal, o Algarve, onde vivem bastante reformados estrangeiros que ali adquiriram principalmente moradias, e em que, segundo parece, gangues estrangeiros estão a tomá-los como alvos dos seus assaltos nas suas próprias residências, tendo ocorrido já um assassinato e diversos feridos, para além de mulheres violadas.
É evidente que as vítimas, sejam quais forem a suas nacionalidades, por sofrerem os crimes dentro do nosso País têm direito à protecção que qualquer pessoa espera quando se encontra no interior da nossa casa. E é para isso que existem as chamadas forças de segurança que devem, no mínimo, dar mostras da sua capacidade de cumprimento do que delas se aguarda, sendo para esse efeito que os superiores hierárquicos têm de fornecer todos os meios para uma actuação eficiente e rápida. Agora, ocorrer um caso numa zona concreta, o Algarve nesta circunstância, e nos tempos que se seguem repetirem-se crimes semelhantes, dando mostras de que se trata de grupos organizados que se aproveitam da falta de vigilância e de castigo dos males que praticam e não se verificar, perante os portugueses, mas também para tranquilidade dos residente estrangeiros naquela província do Sul, uma actuação convincente da parte dos serviços policiais, tal atitude passiva é que não é tolerável.
O Reino Unido, a Dinamarca e a Alemanha, são três países cujos governos já deram mostras de inquietação no que diz respeito à ausência de protecção dos seus súbditos que optaram vir acabar os seus dias em Portugal, e esta amostra corre o risco de se alargar por outras nações. Sendo que, já não será apenas o aconselhamento para não adquirirem casa no lindo território algarvio, mas também recomendarem outros destinos turísticos para os seus nacionais e, com isso, contribuírem para que a crise económica portuguesa aumente ainda mais.
As demonstrações que damos permanentemente de ausência de prioridade das medidas que têm de ser tomadas no nosso território, por forma a que, no mínimo, as aparências não sejam defendidas, essa característica tão própria dos que têm a missão de tomar as decisões mais urgentes, relegando para segunda actuação os actos que podem esperar um pouco ou mesmo muito, são precisamente esses males que ocasionam que nos perguntemos constantemente o motivo por que foi tomada esta decisão, em lugar de outra que se está mesmo a ver que é mais necessária.
O exemplo, claro, tem vindo a surgir de cima, com as atitudes de José Sócrates, por exemplo a inaugurar hospitais, com enorme comitivas, que só serão abertos daqui a anos, perdendo tempo e gastando dinheiro com esses actos, em lugar de meter mão nas situações urgentes, é essa demonstração de falta de oportunidade que transmite a todos os serviços públicos a mesma falta de jeito em ter sempre presente uma lista de prioridades e actuar por essa ordem. Mas temos de suportar o que somos e aguentar… até que!

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