segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

É ROUBAR ATÉ FARTAR!!



SE EU AINDQ FOSSE director de um jornal, como aconteceu durante muitos anos, eu não perdoaria a esta gente que nos governa, os de hoje como os que estiveram antes neste período pós-25 de Abril – pois que, no tempo da Ditadura, a Censura e a PIDE não permitiam que, abertamente, se criticassem os “patrões” deste País -, eu dava-lhes para baixo em relação à incompetência, à falta de senso, ao desmazelo e ao interesse único que demonstram possuir de zelar pelo seu próprio bem-estar e não cuidar de cumprir minimamente a obrigação de levar Portugal pelo melhor caminho que nos equivalha aos parceiros europeus. Disso podem estar certos os que não tiveram ocasião de ser leitores do semanário “o País”, entre outras publicações, um Jornal absolutamente independente, sem ligação a qualquer partido político e apenas respeitando os princípios da Democracia, isto é, permitindo que todas as correntes evidenciassem as suas opiniões.
Este preâmbulo serve para me insurgir contra a onda de assaltos à mão armada que se estão a realizar e cada vez em maior número, atacando estabelecimentos de todos os géneros e chegando até ao ponto de serem objecto desses roubos casas comerciais de pouco vulto. Mas, sobretudo ourivesarias, bancos e até carrinhas de transporte de valores, esses alvos constituem agora o dia-a-dia dos gatunos que, de uma forma organizada, não se intimidam e levam avante os mais sofisticados meios de actuação, até utilizando explosivos, como foi o caso de duas carrinhas que foram vítimas desses intentos.
Mas, o estranho é que, embora sem grandes explicações por parte da autoridades policiais – que utilizam o meio de que mais gosta também o Governo, de não dar satisfações aos cidadãos -, consta que os autores de tais vilanias serão gente com origem de países de Leste e, num e noutro caso, de gangs brasileiros. Quer dizer, não nos chegavam já os roubos ditos caseiros, para sermos alvos também de malfeitores vindos de fora que, para além dos prejuízos materiais que causam, ainda contribuem para que a imagem nacional sofra as consequências que se reflectem no turismo que, para acumulação com situações como as das crianças estrangeiras que são extorquidas das suas famílias, como sucedeu no Algarve e nunca foi descoberto o autor, só fazem criar um pavor daqueles que nos pretendem visitar mas que mudam de destino por começarem a considerar que Portugal é um “País perigoso”.
E o Governo, através dos meios de que dispõe – que não é o ministro do pelouro respectivo que, vindo do anterior grupo, só dá mostras de petulância e de pouca ou nenhuma capacidade de enfrentar os problemas com autoridade e saber –, é o Governo que tem obrigação de aparecer em público e falar das medidas que está disposto a tomar para que situações deste tipo não se repitam. E, claro, a pôr em ordem a Justiça que temos (ou não temos), para que os julgamentos, quando os haja, sejam céleres e de mão pesada, para dissuadir os potenciais bandidos a meterem-se em aventuras semelhantes.
O que é forçoso é que os governantes não permaneçam de bico calado e que vão dando contas aos portugueses das medidas que vão sendo tomadas, assim como o próprio Presidente da República, ainda que não lhe compita interferir na acção governativa, deve evidenciar o seu interesse para que a evolução da vida portuguesa corra da melhor maneira que for possível e, por isso, não permaneça sem dar mostras públicas de que também não se encontra satisfeito com as medidas que estejam a ser tomadas, isso por mais que as oposições se insurjam com afirmações de que o Chefe do Estado está a tomar partido, como têm feito cada vez que se nota uma afirmação de Cavaco Silva que pareça ser de inclinação para uma das partes.
O Presidente não pode, como já afirmei, é manter-se mudo quando é mais do que evidente de que os que têm nas mãos a condução das medidas que se devem tomar não estão a dar mostras de pretender solucionar os problemas.”Cada macacão no seu galho”, muito bem, mas se um dos galhos está a funcionar mal, então o outro deve arrepelar-se para que não continuem os erros.
Poderá parecer uma graça e até de mau gosto, mas os cidadãos deste País estão já tão fartos de burrices em série, que, à falta de outras medidas, pelo menos que se riam.

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