quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

ATÉ À PRÓXIMA!...


TENHO VINDO a ocupar este período de aproximação do final do ano de 2009 com uma série de textos que, valha a verdade, não se podem classificar como pertencendo ao grupo dos optimistas. Mas quem dá aquilo que leva dentro de si e não se esconde atrás de precisões que só servem para enganar, na minha opinião só merece elogio e não para ser alvo de crítica. Um não dito a tempo e sendo sincero é preferível a um sim enganoso até mesmo a um talvez que cria expectativas e +provoca depois um destruidor desengano. Quem já sabe com aquilo que conta tem tempo para se prevenir e procurar outro caminho, aquele que fica sempre à espera e não sai do mesmo sítio é normalmente a vítima que culpa os parceiros por não ter sido avisado com franqueza.
Daí eu despedir-me de um período que ocupou a nossa vida, que foi preenchido na maioria dos casos mundiais com sobressaltos e poucas notícias agradáveis e que, por isso, embora tenha gasto o espaço de um ano que poderia ter sido utilizado com outros acontecimentos que nos deixariam boas recordações, não creio que fique na História da Humanidade como algo a recordar, deixamo-lo e entramos no 2010 com naturais expectativas de coisa melhor.
Mas, enquanto caminhamos para as 0 horas do dia 31 de Dezembro, não podemos deixar de sublinhar as situações que, sendo as últimas que nos chegam através das notícias, por isso mesmo as colocamos no tapete da porta de saída.
Aquilo de que se falou tanto neste dia foi a da falta de carros para o serviço da Polícia que faz investigação e que, nesta altura, há uma falha de mais de 100 viaturas para atender às necessidades da população. Tomar conhecimento deste caso quando existem tantas viaturas que passam os dias estacionados ao serviço de altas e menos altas figuras da administração pública, grande número delas com motorista próprio a aguardar as ordens de suas excelências, assim como se sabe que, frequentemente, são confiscadas tantas viaturas pelos serviços fiscais e pelas autoridades que as confiscam por motivo de serem utilizados pelos não cumpridores das leis correntes (em assaltos, etc.) e de que não se sabe onde vão parar, se existisse uma organização capaz de dar seguimento às paralisações burocráticas (ou outras) e de suprir as necessidades com inteligência, sabendo-se que isto se passa e agora ficarmos a saber que as polícias andam com automóveis que já não cumprem o que deles se exige é coisa mesmo de um País como o nosso que não há forma de solucionar os seus próprios problemas.
Bem se compreende que se tome conhecimento de que alguns líderes partidários escolheram lugares no estrangeiro para passar as festas do fim do ano. José Sócrates, Paulo Portas e Francisco Louça, da Esquerda e da Direita, vão fugir de Portugal para ganhar forças que cheguem para enfrentar os múltiplos problemas que nos vão apoquentar em 2010.
Ao menos têm dinheiro para essa extravagância, se bem que, há que dizê-lo, não se trate de uma atitude muito patriótica. Mas lá isso, bem prega Frei Tomás…
E só uma coisinha para despedida: afinal, o Hot Club de Portugal, cujas instalações arderam e que a Câmara Municipal ofereceu um espaço no Cinema S. Jorge para poderem prosseguir com os seus concertos, acaba por ficar sem local. Um desentendimento à portuguesa não solucionou, por agora, o problema. Fiquei contente na altura e deixei de ficar!...

Sem comentários: