sexta-feira, 20 de novembro de 2009

APOSENTADOS



VEEM-SE constantemente aparecer nas televisões nacionais entrevistados ocasionais, nas ruas, para darem a sua opinião sobre temas que, nessa altura, estão a ser debatidos. E, ao ser-lhes perguntado qual a profissão que exercem, a resposta é, com grande frequência, de aposentados. Mas, ao darem a conhecer a sua idade, também constantemente, não escondem – e é esse o seu aspecto – encontrarem-se na casa dos cinquenta e poucos anos!
Por aqui se pode tomar consciência do montante astronómico que corresponderá ao total dos pagamentos mensais das reformas de todo o País, pois que, ao depararmos com a quantidade enorme de gente ainda distante dos 65 anos e com aspecto de se encontrarem em perfeitas condições para trabalhar que usufrui já desse benefício, não podemos deixar de fazer as nossas próprias contas e de nos interrogarmos, com natural preocupação, se os que estão reformados mas dentro das condições de idade que estão apropriadas, não têm razões para temer que não se encontre assim tão longe a altura em que os dinheiros reservados para esse efeito não termine e que não seja absolutamente imperioso tomar medidas drástica que levem a diminuições de valores e até - quem pode garantir o contrário? - ao fim de tal disposição.
É certo que, perante o grande volume de desempregados que circulam por aí, não é possível encontrar trabalho para esses a quem foi atribuída a reforma antes da idade regular, pelo que não existe saída para uma situação que pode vir a constituir um verdadeiro dilema. E assim ficamos a contemplar o problema.
Apesar de muitas mortes provocadas por epidemias que aparecem sem aviso, como agora esta denominada H1V1 ou gripe A, não obstante as doenças prolongadas que continuam, por esse mundo fora, a extinguir milhares e até milhões de vidas, por outro lado, as idades, antes consideradas avançadas, agora já se situam longe de chegar perto do fim, pelo que a população humana quase triplicou desde que, há cerca de cinquenta anos, no final da Guerra Mundial, encontrando-se então na casa dos dois mil milhões, anda em redor dos seis mil milhões.
Devemos reflectir sobre esta realidade. Tentar antever o que se passará no nosso Planeta daqui a outros cinquenta anos. E preparar os que têm probabilidades de cá se encontrarem nessa altura, para que tenham condições para enfrentar o que for se deparará ao Homem.
No que a nós diz respeito, os que circulamos e cumprimos a nossa obrigação de seres vivos, já temos bastante com que nos preocupar…

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