sexta-feira, 11 de setembro de 2009

LIVROS ESCOLARES



Tenho em mente publicar um texto que pretende ser uma ideia a dar aos concorrentes às eleições autárquicas que se aproximam e, sobretudo aos que têm em vista a Câmara de Lisboa. Quem estiver interessado em saber o que penso sobre o assunto e a proposta que faço para vencer, basta dar passagem à ida às urnas legislativas, que é que interessa agora debater, e depois, se tiverem curiosidade para tanto e algum dos seus companheiros de luta lhes der notícia da novidade, o que é necessário é apenas consultar este blogue. E não pagam nada!
Mas, tendo visto todos os confrontos até agora realizados pelos vários proponentes aos lugares cimeiros da próxima legislativa, e analisando aquilo que cada um teve oportunidade de dizer perante as câmaras de televisão, não consegui descortinar uma única proposta que se referisse ao custo que as famílias têm de suportar com a entrada das crianças das suas famílias na escolas que se abriram nesta altura para o ano lectivo. Parece impossível que, sendo este um assunto que interessa a uma grande maioria de cidadãos que vão apresentar-se perante as urnas, nenhum dos partidos, todos eles carregados de cabeças ditas pensantes e actualizadas, teve imaginação suficiente para trazer à disputa aquilo que seria ouvido com a maior atenção e que, se trouxesse alguma solução para alívio dos pais, teria muitas hipóteses de influenciar na votação que vai ter lugar. Nem o CDU, sabido que, nos antigos países seguidores da política soviética, o custo dos estudos era de zero, quer quanto à frequência de aulas, em todos os escalões desde o infantil até ao universitário, e que os livros necessários para todos os anos eram emprestados, com obrigação de serem devolvidos em perfeitas condições, nem o Partido Comunista teve imaginação levantar este problema fulcral. E é triste ver como são supérfluos todos os políticos que andam por aí!...
Pois, o apoio às editoras de livros escolares, que obtêm grandes lucros com os lançamentos, todos os anos, de novos instrumentos de aprendizagem (ao contrário do que sucedia no meu tempo, em que havia obras que serviam para mais do que um ano), essa protecção não foi denunciada por nenhum grupo partidário.
Qual o motivo? E, por que razão, não surge uma proposta que vise criar condições para que os alunos sem meios possam utilizar toda a literatura que serve para alimentar os conhecimentos obrigatórios das aprendizagens?
É evidente que os fundos do Estado não dão para tudo, pelo que há que tomar opções. Mas será que um Governo que afirma tudo dever ser jogado na instrução da juventude, não encontra forma de reduzir gastos numa zona para investir noutra?
Não vou aqui, evidentemente, apontar onde se poderia cortar. Há muito sítio. E é por isso mesmo que me pergunto a razão por que não apareceu um único partido concorrente às legislativas que tivesse levantado este problema.
São estas situações que, embora não me retirem do meu dever de votar, me desconsolam e me fazem compreender que são uns bem piores do que os outros. Mas há que escolher!...

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