sexta-feira, 25 de setembro de 2009

ELEIÇÕES Á VISTA




Neste último dia de campanha eleitoral, já pouco há a opinar. O que suceder no próximo domingo terá que ser aceite pelos portugueses e, gostem ou não dos resultados, é com isso que há que viver. Durante o tempo que for possível segurar o Governo eleito. Mas, por hoje, ainda se pode acrescentar alguma coisa, apenas como desabafo. Isto, por exemplo:
“Digam o que disserem, mas ainda está para nascer um primeiro-ministro que faça melhor do que eu fiz…” – esta a frase que José Sócrates entendeu que caía bem num almoço em que esteve presente há umas semanas e no qual, como é seu hábito, no discurso proferido alargou-se em elogios à actuação do seu Governo.
Por aqui se pode concluir que, afinal, o responsável pelo Executivo não alterou nada do que foi sempre o seu estilo de arrogância, de vaidade própria, de elogios em boca própria. Não tem remédio aquele que, mesmo tendo à vista a possibilidade de não repetir o mandato maioritário de que tem gozado, apesar disso e talvez porque não admite encaixar na sua mente essa alternativa, José Sócrates não quis ouvir eventuais conselhos que lhe sejam dados por gente por perto e muito menos ligou às críticas que lhe foram dirigidas em muitos órgãos de Informação. E uma maneira de ser e ninguém vai conseguir mudar de um dia para o outro.
Mas, se nos pusermos a pensar seriamente no que diz respeito ao que se vai passar depois de domingo, não sei se estará para nascer quem faça melhor do que ele, mas o que seguramente aquilo a que assistiremos é a uma luta titânica para ser conseguido começar tudo de novo e desta vez com viabilidade de vir a ser melhor do que antes. Mesmo que lhe calhe a ele voltar a pegar no leme. Como dizem as sondagens.
Cada um que se agarre às suas crenças e aspire para que não sofre desilusões. Só com fé se lá irá. Por agora, basta deslocarmo-nos no domingo, ao local que nos está destinado para metermos o voto na urna. E depois, não se tratando de um dia de trabalho e havendo ainda tempo para a maioria da população poder reflectir sobre o que terá acontecido, poderá ver um pouco de televisão, mastigar os textos dos jornais, acabar de ler o livro que ficou em meio e, à noite, lá pelas 22 horas, começar a contemplar os primeiros resultados. Todo esse período permitirá uma de duas coisas: ou conformar-se ou arrepelar-se por não ter saído o que alimentava como esperança.
Depois, há que ir para a cama, que no dia seguinte é novo dia de trabalho (para os que não estão desempregados, os mais de quinhentos mil), e deve procurar não ter uma longa insónia. É que o andarmos de olhos bem abertos até que seja decidido o nosso futuro, disso é que ninguém nos livra.
Ninguém? Quem sabe se não surgirá uma surpresa que nos faça abrir a boca de espanto!... Tudo é possível neste mundo.

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