terça-feira, 22 de setembro de 2009

ASSESSOR - UM DRAMA!...




Portugal não tem, de facto, problemas graves que precisem de ser solucionados. Tudo corre às mil maravilhas, não há desemprego, o País não deve muitos milhões de euros ao estrangeiro, as empresas, a grande maioria delas, vivem um período de grande sucesso e não encerram diariamente por falência, o povo anda em grande euforia com todo o ambiente que o rodeia. Nem as próximas eleições são motivo para preocupações quanto ao que se vai passar a seguir.
Por isso, o despedimento do assessor de Imprensa do Presidente da República tem de constituir uma dor de cabeça a todos nós e justifica-se perfeitamente que toda a comunicação social dedique largos espaços ao assunto. E agora? Pergunta-se. O que vai ser de todos nós com o Fernando Lima afastado de Belém? E o Cavaco Silva nem dorme perante um caso de tão grande gravidade? Será que vai cair o Governo?
Eu procuro colocar-me no lugar da maioria dos portugueses que, por esse País fora, no litoral e no interior, andam seriamente apreensivos por o principal Magistrado da Nação ter tomado decisão tão séria. A senhora Maria, o António das alfaces, o Joaquim que tem a seu cargo a oficina lá da terra, o Alberto, que não se descuida com as escritas no escritório, a Teresa, que atende diariamente ao balcão da sua loja, todos eles vivem numa aflição desde que tomaram conhecimento que Belém deixou de ter assessor de Imprensa que lá estava já há anos.
Se eu fosse ainda director de um Jornal, por certo que dava instruções para que a capa do meu periódico ser toda ocupada com uma grande fotografia e a tal notícia de tamanha importância para o futuro de Portugal. Todo o mais iria para o interior, para rodapé, para noticiário secundarizado. Não tinha a menor importância jornalística.
Realmente, eu já não pertenço a este mundo!...

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