segunda-feira, 28 de setembro de 2009

AMORES E DESAMORES



Hoje, em que o assunto principal é o do resultado das eleições de ontem, com os sociais-democratas bastante surpreendidos com a posição secundária que obtiveram e os do PP a congratularem-se por terem ficado à frente do Bloco de Esquerda, o tema que escolhi para preencher o meu blogue diário foi o de focar duas figuras que, tanto na política como no futebol, provocam amores e desamores que, se fossem alvo de um escrutínio nacional, obteriam também posições que surpreenderiam muita gente.
Vamos, pois, ao assunto:
Tenho a impressão que já escrevi isto numa outra altura. Mas como, quando mantenho uma opinião, só quando me convencem do contrário é que altero ou rectifico – porque nunca digo que não mudarei nada de mim, haja o que houver -, por isso volto a referir aquilo que continua a fazer parte do meu ponto de vista. Refiro-me a duas pessoas do nosso País que, cada vez que divulgam os seus pontos de vista, utilizando uma linguagem e uma posição que não se pode considerar como sendo pacíficas, mais me colocam à distância, ainda que, confesso, com reservas.
Eu explico. Tratam-se de Pinto da Costa, sempre referido, nem sei porquê, nas televisões pelo seu nome completo, e de Jardim, também, seguramente por casualidade, denominado desde o primeiro nome e até ao apelido final.
No que se refere a Jorge Nuno Pinto da Costa, o seu porte e a arrogância – que, por sinal, não constitui um exclusivo seu, pois outras figuras mediáticas também dão mostras desse comportamento – tais formas de surgir perante os outros constituem tanta certeza sobre aquilo que dizem que não hesitam em fazer o seu elogio próprio à custa de achincalhar os adversários, no caso os outros clubes que competem com o Futebol Clube do Porto.
Quanto a Alberto João Jardim, este político utiliza igual forma de mostrar o seu próprio valor atacando os outros que não comungam das suas ideias e, o que é grave, evidenciando um confronto doentio em relação ao Continente.
Não vou entrar em pormenores no que diz respeito aos dois casos. O que sim reconheço é que, em ambas as situações, as duas personalidades têm feito obra que agrada aos que são seguidores das suas lideranças, o clube nortista consegue fazer frente, sobretudo no futebol, aos seus parceiros de todo o País e, como se verifica, tem saído vencedor de um grande número de campeonatos que têm lugar no nosso País e até fora.
Por isso, eu tenho de reconhecer que, se fosse partidário do F.C. Porto, é natural que também tivesse uma grande admiração pelo Pinto da Costa. Isto, naturalmente, se também tivesse outra ideia acerca da forma como os cidadãos se devem comportar, seja qual for a sua cor partidária, desportiva, social, etc.
No que diz respeito ao Jardim, o que conheço da Madeira pelas várias vezes que ali me desloquei mostra-me que, na realidade, grandes melhorias se têm produzido, sobretudo no capítulo das obras públicas. E, embora se diga que a maior parte foi feita com dinheiro ido do Continente, mesmo assim há que reconhecer que o homem se tem interessado em fazer progredir a sua terra. Mas isso não lhe dá o direito de ter uma língua e um ar de majestade que só lhe tira razão naquilo que afirma. E esta última de que está “farto da ocupação colonial” só mostra como o político não sabe respeitar o lugar que ocupa.
Mas aqui também me dá para afirmar que, se eu fosse madeirense, provavelmente votava sempre em Jardim, por muito que me desagradasse a forma como a primeira figura da Madeira faz frente aos que lhe desagradam, com razão ou sem ela.
Tanto um como outro, dos dois aqui referidos, têm resultados positivos com as suas actuações. O que desagrada é o não serem capazes de, precisamente por terem ganho muitas vezes as votações a que se sujeitaram, conseguirem conservar simpaticamente e sem raivas os lugares que ocupam. Não há ninguém perfeito!...

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