terça-feira, 21 de julho de 2009

DEPUTADOS



Não seria crível que, numa época que já foi palco recente de umas eleições, as europeias, e aguarda as duas próximas, as legislativas e as autárquicas, como todos nós sabemos, neste preciso momento se verificasse um tão avultado registo de faltas dos deputados na Assembleia da República. É como, se tratasse de uma empresa em fase crítica da sua existência e até com possibilidades de vir a verificar-se uma mudança dos elementos da sua administração, e os funcionários resolvessem dar o menor contributo possível por forma a ajudarem a ultrapassar o mau momento, registando elevados números de faltas justificadas e até as que sejam merecedoras de ressalva, mesmo essas são facilmente detectáveis de desinteresse em prestar um bom serviço a quem lhes paga, e bem, o seu serviço.
Pois, no Parlamento nacional, apenas 7 deputados não faltaram nunca ao serviço no ano que está a decorrer, e nas 460 reuniões que tiveram lugar no mesmo período, o mais faltoso chegou a atingir146 ausências.
Os nomes são conhecidos e a comunicação social já divulgou alguns deles, pertencendo o maior número ao PSD, logo seguido do PS.
Como digo acima, as próximas eleições legislativas, as que indicam precisamente onde vão cair os votos que dão lugares de deputados na Assembleia da República, dentro do sistema que funciona não apontam os nomes dos premiados e dos excluídos, isso por vontade directa do povo. São os partidos que, no interior das suas organizações, colocam os candidatos em posições que ficam mais próximo ou mais longe de caberem na escolha do eleitorado. Por isso, se os faltosos e mal comportados de cada bancada têm de novo assento no período seguinte das Legislativas, tal atribuição compete apenas ao agrupamento político a que pertence cada um.
E não ponho mais na carta. Que continuem, pois, a faltar às Assembleias é coisa que os cidadãos só ficam a saber. O que não podem é interferir e dar o dito por não dito quanto à escolha que foi feita no acto eleitoral.

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