segunda-feira, 20 de julho de 2009

MUSEUS


Já não é apenas coisa deste ministro da Cultura, pois que vem de trás a indiferença em relação a não ser aproveitado o espaço e até o edifício, por muito pouco tratado que esteja, e que foi ocupado em tempos como Museu do Artesanato. Há muitos anos que se mantém nesse estado e ninguém é capaz de explicar o desinteresse, por parte do Estado, no que diz respeito às obras-primas que são produzidas pelas mãos hábeis do povo e que mostram a cultura, que sempre existiu e ainda se cultiva, e que tem origem em diferentes recantos do nosso País.
Quando se organiza um museu e se conservam os seus conteúdos para mostrar aos visitantes alguma coisa que vale a pena divulgar, é para se prestar um serviço ao próprio País e para honrar os feitos e as habilidades dos seus cidadãos. Para que no futuro exista material que vangloria quem os produziu e não deixa esquecer os antepassados.
Comecei por escrever que este erro do não aproveitamento do local encerrado e que aguarda que lá seja colocado, de novo, o mostruário que lá esteve em tempos, não é culpa apenas do actual responsável pelo departamento da Cultura, pois vem dos seus antecessores, mas algum exemplar de ministro tem de dar o primeiro passo, pelo que a pergunta a fazer é a quem se senta agora no cadeirão do lugar ministerial e, como a actuação dessa figura não se tem apresentado como muito produtiva, logo mais vale não deixar para o próximo Governo aquilo que já há muito devia estar feito.
Não há dinheiro, é verdade. Têm de se gerir os bens públicos com parcimónia, bom senso e sentido de opção, tudo bem apurado. Mas, com os Diabos, o Museu do Artesanato já tem edifício, é só limpá-lo e, por outro lado, também já existia o local onde sempre se manteve o Museu dos Coches e, perante a situação difícil que se vive neste momento, não era a época apropriada para se fazerem despesas com mudanças e arranjos para novas instalações. No entanto, essa extravagância já foi levada a cabo e para o que, sem grandes gastos, não se dá um passo, quanto a isso o Ministro da Cultura fecha os olhos.
É uma pequena coisa no meio da enormidade de acções que deveria ter sido tomadas em todas as zonas da governação portuguesa, admito. Mas por aqui se vê como a petulância daqueles que gerem o Executivo, estes agora e outros antes, não deixa que se debrucem sobre o que está à vista e nem se preocupam em ouvir as recomendações e até as queixas dos que são governados.
Então agora, com o calor que já se faz sentir e o cheiro a férias, não é de esperar que surjam agora demonstrações de eficiência daqueles que, penso eu, estão memo a adivinhar o ficarem sem emprego na próximas eleições.

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