sábado, 18 de julho de 2009

ERRARE!...



Se olharmos, com olhos de ver, para todo o mundo, temos de concluir que as asneiras que são feitas por aqueles que mandam não ocorrem apenas por cá. Onde há homens, para seguirmos a frase de origem latina (errar é próprio dos homens), logo surgem as más actuações. Portanto, isso não constitui um exclusivo dos portugueses e, especialmente, na época que atravessamos.
Veja-se o caso da Islândia que, nesta altura, se encontra em situação económica e financeira de declarada banca rota, isso depois de ter arvorado em exemplo para todo o mundo pelo salto qualitativo que tinha dado tempos antes. Agora, face à impossibilidade de se ressarcir do estado deplorável a que chegou, sempre tendo declarado a sua aversão quanto a aderir à Europa da maioria, veio mostrar que estavam enganados os seus políticos e resolveu, por consenso interno, pedir a adesão à União Europeia, esperando por aí, se for aceite o seu pedido, obter os auxílios de que tanto necessita, por forma a afastar a horrorosa crise que também ali faz das suas. Perante isto, se bem que o mal dos outros não nos provoque alegrias, sempre causa algum consolo no que diz respeito às asneiradas que por cá se praticam.
E a mais recente é aquela da ASAE, que foi criada por decreto em 2005 e que, em 2007, viu a sua actuação alargada pelo Governo, tendo sido atribuída competência policial criminal, com o uso de arma de defesa, tendo sido esquecida a necessidade da aprovação de tal medida pela Assembleia da República. Resultado: todas as medidas tomadas por esta instituição, de resto considerada necessária pela população, sempre que forem tomadas com as devidas regras de bom senso e sem violência, têm de ser anuladas pelos tribunais e isso não está fora de causa vir a suceder. É pena que os tais “homens”, que incluem mulheres, que participam nestas medidas de protecção da higiene e do da regras fiscais que se impõem, não levem em conta o mínimo da boa educação e utilizem meios e palavras que não são admissíveis mesmo em quem exerce funções de tipo policial. E é disso que toda a gente se queixa.
Mas, em resumo, o que se verifica é que o governo, agora este mas aplica-se a outros antes, não estude bem as medidas que resolve tomar, para não passarem pela vergonha de, tempo passado, ter de dar o braço a torcer e desfazer o que se empenhou em que ficasse feito.
Errare humanum est! – não nos cansamos de clamar. Mas bem poderíamos evitar andar sempre a repetir o mesmo.

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