sexta-feira, 17 de julho de 2009

ÁFRICA DEMOCRÁTICA!...




O Presidente Americano escolheu Gana como País africano para fazer uma visita. Lá teve as suas razões para ter escolhido esta Nação subsariana, que foi a primeira daquela região a obter a independência, e admite-se que o facto se deve a terem os seus antepassados saído daquela zona quando partiram para a América e por ter sido ali que se verificou o maior tráfico de escravos a serem enviados para o exterior.
O que importa, pois, nesta ocasião é na afirmação feita por Barack Obama de que acredita que a África pode vir a ser democrática. E talvez tenha fortes esperanças de que isso venha a suceder num futuro sabe-se lá quando.
É verdade que é importante termos confiança no mundo de amanhã para que se consiga atingir aqueles objectivos que muitos dos actuais cidadãos do mundo tanto aguardam, essa posição de optimismo provoca, pelo menos, um certo conforto. Mas há determinados passos na vida humana que precisam de muito forte convicção para que se façam afirmações que as circunstâncias não ajudam a que se tenha excessiva fé no seu cumprimento.
Plena Democracia em África, com povos que têm os seus hábitos enraizados em costumes tribais que não aceitam que os vizinhos pratiquem acções que não condizem com as suas, isso será muito apreciável, o que não poderá ser, admito, é que, assim de uma geração para a outra, seja tudo posto de parte e os indígenas passem a seguir normas de que estão completamente afastados.
É verdade que as migrações maciças que se têm observado nos últimos anos, fazendo com que milhões de naturais africanos partam para destinos distantes, antes obrigados pelo sistema da escravatura e nisso o Brasil foi um receptor privilegiado, seguindo-se depois os E.U.A., que essas saídas de África se tenham transformado depois em partidas desejadas pelos próprios, invadindo outras paragens mesmo à revelia dos países acolhedores à força, ao ponto de hoje existirem já milhões de descendentes dos naturais das diferentes Áfricas que hoje já têm nacionalidades várias, como sucede agora na Europa, lá isso é sabido. E Portugal não escapa à regra.
Tudo isso é certo. Porém, com excepção dos africanos letrados, que há bastantes e que não se distinguem dos de outras cores e em igualdade de condições, os outros mantêm-se enfeudados aos hábitos dos progenitores, vivem em regime de separação, formam clãs, guetos, bairros próprios e, com necessidade de ser exercida alguma repressão, como se vê ainda hoje suceder, para os tentar chamar ao convívio dos países onde agora habitam.
Por isso, muito embora Obama esteja a dar mostras de enorme boa vontade no sentido de tentar modificar alguma coisa que, no seu País, ainda não corre muito bem e de que o seu predecessor teve algumas culpas, no aspecto de aguardar que em África a autêntica Democracia seja praticada é uma aspiração que nem ele nem os cidadãos com a sua idade terão a sorte de contemplar. Talvez os netos ou bisnetos, nunca antes…

1 comentário:

JuniorBlog disse...

gostaria que todos países se unissem e ajudasse a AFRICA