domingo, 31 de maio de 2009

UM FUTURO COMPLICADO




Ter sido determinado que as três eleições, que ocorrem este ano em Portugal, se efectuassem umas após as outras num curto espaço de tempo, muito embora não se admita que essa opção surgisse propositadamente para cansar os eleitores e dar-lhes as condições para faltarem ao seu dever, sobretudo sabendo-se que a atracção das praias se sobrepõe a um acto civilizacional que, por cá, se coloca sempre em lugar secundário, em particular na classe dos mais novos, terem os políticos, tidos como experientes, acordado nessa escolha de período não pode deixar de surpreender quem anda preocupado com o amanhã de Portugal.
Domingo, dia 7 de Junho, é o primeiro dia e, por sinal, destinado às eleições europeias, as que, precisamente, menos atraem os votantes. Vamos ver como se comporta o povo, de Norte a Sul, e tenhamos todos a esperança de que não se vai verificar uma ausência assustadora, mas se tal for comprovado não será de esperar que os partidos políticos e as entidades que se encontram ligadas a estas situações não venham demonstrar grande espanto, como se não fosse aguardado este comportamento dos cidadãos nacionais. Cá estamos para ver e ouvir.
Mas também pode ser que a situação que ocorra no domingo sirva de lição e dê argumentos para que os intervenientes em todo o processo abalem as estruturas e tudo façam, dentro dos seus limites de actuação nesta altura, já excedido o tempo mais indicado para chamar a atenção dos portugueses, de molde a que os actos eleitorais que se seguem proporcionem uma maior deslocação dos votantes em potência aos respectivos locais de escolha dos seus preferidos.
Numa ocasião em que, neste blogue ou noutro qualquer meio de comunicação mais influente, já pouco há a fazer, cada um procede da maneira que tem mais à mão para influenciar os próximos a fazer esse sacrifício de se colocarem na fila para efectuarem o seu dever de votar. Mas, provavelmente desta vez, não se formarão as tais “bichas” que sucederam em situações passadas. E oxalá esteja enganado na minha perspectiva. Mas a desmotivação dos portugueses é tão grande que, ao contrário do que seria de esperar, pois, quanto mais aflitos nos encontramos, maior tem de ser a motivação para interferirmos nas soluções.
Repito: seria bom que este prognóstico se encontrasse completamente fora da realidade. Não se trata de um desejo, como os que me conhecem sabem que não seria capaz de pensar assim. Mas, pelo contrário, de um texto de alguém que se encontra aflito com o futuro que não é estranho que, embora não se deseje, se espere que aconteça neste País!...

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