segunda-feira, 25 de maio de 2009

ESPERANÇA



Sejamos hoje optimistas. Tenhamos esperanças de que o nosso País, a breve prazo, irá entrar numa fase de crescimento e que todas as dificuldades com que se debate cá a população já há uma dezena de anos, que vão ser debeladas e que entraremos, por fim, numa fase de pleno emprego e de um ambiente social que se pode igualar aos mais avançados da Europa. Aceitemos também que o mundo, dividido em religiões diferentes, se passará a entender e que acabarão as questões que têm posto em confronto os diferentes grupos com fés antagónicas, sendo posto fim ao diferendo tão profundo entre muçulmanos e judeus e todas as religiões aceitarão as crenças dos outros, sendo ultrapassado, por isso, o mau ambiente que está instalado e terminarão os grupos de terroristas que têm assolado por toda a parte. Enchamo-nos de alegria pelo facto de a Europa ser capaz de criar os elos de ligação que contribuam para que, depois da existência da moeda única praticada por todos, sem excepções, se firmem os acordos no sentido de passar a verificar-se a prática de uma unidade nas mais diversas áreas, de molde a que, embora respeitando-se os hábitos e costumes de cada zona, se passe a viver em uníssono, económica, financeira, política, militar e socialmente falando.
Ao mesmo tempo que se conseguem dar esses passos da maior importância para que o entendimento humano seja uma realidade e um comportamento decisivo para que se possa apenas pensar no bem estar das populações, que acabem as enormes disparidades entre os muito ricos e os miseráveis, que exista um controlo de natalidade para que a não se verifique um aumento descontrolado de nascimentos sobretudo de emigrantes de países longínquos, simultaneamente com a duração da vida humana garantida em excelentes condições.
Tudo isso faz parte de uma perspectiva que os optimistas desejam manter e que não admitem que os mais realistas abordem temas que não se encontrem dentro deste panorama do ideal.
Pois aqui estou eu a fazer-lhes a vontade. Como me iludi ao mimosear-me com tamanhas regalias que deveriam, de facto, ter uma existência real na vida do ser humano! Mas, ao chegar ao fim da escrita, ao reler todo o texto, caí na verdade dos factos. Tudo o que ficou enunciado não passa de uma quimera que, desde que o mundo foi construído com as características que se vão descobrindo e com o modo de vida que as invenções humanas foram aplicando no Globo terrestre, nunca se caminhou nesse sentido e o egoísmo do Homem não deixou que, em qualquer altura, ao longo de séculos e de milénios, se conseguisse a tal harmonia, o referido bem-estar, o entendimento fraterno entre as populações.
Mas faz bem, de vez em quando, termos ilusões de que o futuro será um Paraíso terrestre. Mais vale concordar com a sentença de que “a esperança é a última a morrer…”

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