terça-feira, 19 de maio de 2009

SALÁRIOS CHORUDOS


Aproximando-se a data da chamada às urnas dos portugueses que se interessam por escolher, em consciência, os partidos que entendem que serão capazes de responder com mais competência às necessidades e problemas nacionais, o natural é que essas organizações políticas se esmerem em dar mostras de que se encontram preparados para a disputa e, para isso, em vez de se preocuparem em atacar os concorrentes – luta essa que não leva a nada – antes apresentam quais as medidas que tencionam pôr em prática caso tenham o privilégio de ir a fazer parte do Governo.
E como há tantos problemas que se encontram em “banho Maria” há imenso tempo, há anos, não será assim tão difícil apontar medidas que caiam bem no ambiente popular e que, sem demagogias, não sendo necessário prometer o que se sabe que não será viável cumprir, constituam a demonstração de que, quem se apronta a exercer responsavelmente o exercício do poder, tem projectos que são exequíveis e que fazem parte das inúmera queixas que, a todos os momentos, se ouvem por onde passamos.
Pois, uma dessas questões que se encontra dentro das possibilidades de quem vier a instalar-se em S. Bento é meter mão, já e sem demoras, nos salários que auferem vários dos gestores de empresas públicas, seja qual for a percentagem do Estado no capital delas, e que, em bastantes casos, constituem verdadeiras ofensas à pobreza nacional. Para não falar também que esses encargos são suportados com o dinheiro que os cidadãos entregam à Nação para serem bem geridos.
Pois, um desses maus exemplos foi divulgado agora na Imprensa e refere-se ao que é pago mensalmente ao presidente da EDP, António Mexia, e que corresponde a 12 vezes mais do que ganha o Presidente da República. Essa notícia saiu no dia 11 de Maio, no jornal “24 Horas” e, se não corresponde à verdade, então deve ser desmentido quanto antes e esclarecida qual é, de facto, o ordenado de tal personalidade que comanda uma empresa que tem o exclusivo da distribuição de electricidade no nosso País, impondo as tarifas que entende e sem o custo dos utentes poderem mudar de fornecedor.
Este exemplo é um dos que, entre muitos, precisa de ser aclarado por quem se perfilar para discutir a vontade dos cidadãos nacionais no acto eleitoral.
Quem avisa amigo é dos que precisam de ideias e desejam vir a beneficiar das mordomias que um Executivo sempre oferece. Bem basta que, depois de colocados nos postos de comando, façam ouvidos surdos e não se interessem em acompanhar, com a maior atenção, aquilo que os portugueses tanto clamam e apenas considerem que são importantes as suas próprias opiniões.
Estamos fartos disso. Não queremos mais ter de suportar essa situação. Com ditadura, que Deus nos livre… mas com democratas autoritários, isso também não!

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